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Messi é aprovado em teste como líder da Argentina

19/06/2014 23h04 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Messi é aprovado em teste como líder da Argentina
Reuters/Sergio Perez
Lionel Messi durante treino em Vespasiano.

Lionel Messi estreou com a braçadeira de capitão da seleção argentina em Calcutá no dia 2 de setembro de 2011. Mas somente dois anos e noves meses depois, esta semana no Brasil, o astro do Barcelona se destacou como líder.

 

Prestes a completar 27 anos, Messi já não se comunica com sua canhota mágica somente em campo. Também o faz fora das quatro linhas.

Entre domingo e segunda-feira, após a malograda experiência como o esquema defensivo montado por Alejandro Sabella para o duelo contra a Bósnia na estreia no Mundial, o atacante levantou a voz, em seu estilo ponderado, mas de maneira contundente.

“Somos a Argentina, não importa o adversário que tenhamos pela frente”, disse para deixar claro que não lhe agrada o esquema com cinco defensores e que prefere uma escalação mais ofensiva que inclua Angel Dí María, Gonzalo Higuaín e Sergio Agüero na frente e Fernando Gago como armador no meio-campo.

O proeminência de Messi no elenco argentino passou a ser indiscutível desde a chegada do treinador Alejandro Sabella, que decidiu lhe dar a faixa de capitão desde sua estreia no comando em uma vitória por 1 x 0 sobre a Venezuela, na Índia.

Javier Mascherano, capitão até então, fez questão de dizer a Messi que sua hora havia chegado para carregar a faixa. “Se tinha competência o bastante para ser o melhor do mundo, como não ia ter para carregar a faixa de capitão?!”, declarou seu amigo e companheiro no Barcelona.

No entanto, o que em campo parecia óbvio –todos reconheciam a liderança de Messi por sua inspiração dentro das quatro linhas– não parecia tão claro fora dos gramados.

Os torcedores argentinos continuavam sentindo a falta de um líder com o estilo de um Daniel Passatella ou Diego Maradona, uma voz de comando que, devido a sua personalidade, o jogador natural de Rosário parecia apto a assumir.

Algo mudou nas últimas semanas. Ficou claro que Messi, quatro vezes eleito o melhor jogador do mundo, com centenas de gols e dezenas de troféus conquistados com o Barcelona, já não era mais o mesmo jogador da África do Sul em 2010.

Alguém amadurecido por suas extraordinárias conquistas e pelos dissabores –lesões e maus resultados com o Barça–, além de ter se tornado pai.

Messi foi o artífice da vitória da Argentina por 2 x 1 sobre a Bósnia no domingo graças não só à sua genialidade dentro de campo, com um gol que lembrou os seus melhores momentos no Barcelona, mas por sua voz de autoridade fora do gramado.

Ele pareceu então assinar o atestado de óbito da estratégia conservadora de Sabella.

 

O atacante ergueu a voz e se assumiu como líder, quase três anos depois de receber a faixa de capitão e no momento em que os argentinos esperam que ele os guie a um título mundial depois de três décadas de frustrações, e justo na terra de seu arquirrival.

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