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Ministro diz que protestos contra a Copa devem perder “significado de multidão”

23/05/2014 18h10 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Ministro diz que protestos contra a Copa devem perder “significado de multidão”

A expectativa do governo federal é que as manifestações explícitas contra a Copa do Mundo no Brasil deixem de reunir multidões, isso porque, na avaliação do Executivo, está sendo feita uma campanha de esclarecimento dos gastos com o evento, obras estão sendo entregues e as pessoas vão perceber as vantagens do torneio para o país, disse nesta sexta-feira o ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho.

 

“O que é a nossa expectativa, é que daqui para frente as manifestações explicitamente contra a Copa vão cada vez mais perdendo significado de multidão, porque, na medida que o evento se aproxima, em que os esclarecimentos estão sendo dados e que as vantagens para o país estão ficando mais claras… essas manifestações propriamente contra Copa vão perdendo a importância”, disse o ministro a jornalista após evento em Brasília.

Carvalho disse, porém, que isso não exclui a possibilidade que “movimentos de oportunidade aproveitem a visibilidade que o país tem nesse momento e a importância dos serviços para tentar auferir benefícios desse clima”, afirmou.

A possibilidade de acontecerem protestos populares durante a Copa do Mundo preocupa o governo, porque podem causar prejuízos econômicos ao país durante o evento, atrapalhar a realização do torneio e manchar a imagem internacional do Brasil.

Nos últimos dias, movimentos que lutam por moradia e greves de trabalhadores do transporte público e da segurança pública têm assolado a população em várias cidades que serão sede da Copa.

O ministro admitiu que o governo precisa encontrar um método mais adequado para tratar das desapropriações para obras de infraestrutura, inclusive para os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, onde também há muita pressão dos movimentos sociais contra as desocupações. Ele não descartou que o cenário de manifestações se repita durante a Olimpíada.

A avaliação de Carvalho é compartilhada por outras autoridades de segurança do país, como o subsecretário da secretário de segurança pública do Rio de Janeiro, Roberto Alzir, para quem os episódios crescentes de vandalismo durante os protestos afastaram movimentos sociais legítimos das manifestações.

“A gente já tinha projetado esse declínio de adesões aos movimentos. Parece que a fase mais aguda já passou e a própria mudança do perfil da manifestação mudou. Com vandalismo e violência, a reprovação as manifestações é muito grande. Eles sabotaram o próprio movimento”, disse Alzir à Reuters.

“Os movimentos estão esvaziados porque não têm mais apoio, só reprovação. Como eles precisam de massa, gente para vandalismo, eles não conseguem reunir tanta gente.”

 

DESAPROPRIAÇÕES

Após o evento desta sexta em Brasília, Carvalho também rebateu o que chamou de previsões alarmistas quanto às desapropriações da Copa do Mundo, que chegariam a retirar até 250 mil brasileiros das suas casas.

“Na verdade, chega a 9.600 desocupações feitas, não por obras nos estádios, mas pelas obras de infraestrutura que precisamos fazer”, comentou o ministro.

“O problema não é ter desapropriação, o problema é o método adequado que nós estamos, de fato, aperfeiçoando nacionalmente”, disse admitindo a necessidade de ajustes.

 

“A presidente (Dilma Rousseff) deve assinar em breve um protocolo nacional que estabelece regras para que pessoa que seja atingida tenha seus direitos recuperados, que tenha recursos para reconstruir a vida dela num outro local, de preferência não tão distante de onde ela mora”, contou. (reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier)

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