Mostra traz obras dos artistas Casale Filho e Antonio Alfonso
Dois artistas plásticos autodidatas estão com trabalhos expostos no Centro Cultural da USP de São Carlos. As pinturas de Romeu Casale Filho e as esculturas de Antonio Alfonso Luciano podem ser vistas até 30 de abril, de segunda a sexta-feira, das 8 às 22 horas; e aos sábados, das 10 às 18 horas. O espaço fica na avenida Dr. Carlos Botelho, 1465.Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3373-9106.
De acordo com as palavras do escultor Alfonso, a série buscou explorar novos materiais para a confecção de esculturas. “Encontrei na tela de metal a possibilidade de usar sua capacidade de articulação e transformação, quase como numa ficção científica”.
Autodidata desde 1980, o artista começou explorando materiais disponíveis na confecção de artesanato com metal e cerâmica. A partir de 1982, o desenho, a pintura e a escultura já eram pontos de apoio para a busca de novas técnicas e exploração de outros materiais.
Alfonso trabalha como artista residente no Instituto de Estudos Avançados da USP em São Carlos, coordenado pelo Professor Sérgio Mascarenhas. Faz ilustrações para temas científicos, como no livro Olhares de Janus, do Professor Sérgio Mascarenhas, lançado em 2009, e 45 anos que Abalaram o Mundo: dos Raios X à Bomba Atômica, do Professor R. Cesareo, que será publicado neste ano.
Ele trabalha, ainda, com escultura em aramado para o Instituto Butantan e no Instituto de Experiências Avançadas do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial.
O artista plástico Romeu Casale Filho exprime sua obra ao dizer que “um homem deve reconhecer as leis de seus corpos e almas para poder vigiar cada um deles”.
A mostra traz pinturas abstratas em técnica mista. Fiel aos seus princípios de independência e liberdade, o artista cria e materializa seu próprio mundo, sem confessar influências preponderantes. Em “Fonte de Energia”, Romeu mostra, em nove telas, o vigor e a doçura que caracterizam sua obra.
Nascido em São Carlos, Romeu é também autodidata e começou suas atividades artísticas em 1978, passando pelas pipas e pela fotografia até chegar ao que ele chama de “tintas, massas, colas, panos, texturas, argila e mais tintas”.