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O bicho de estimação morreu, e agora?

04/05/2012 10h24 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
O bicho de estimação morreu, e agora?

É bastante comum que as crianças sejam acostumadas a conviver com bichos de estimação dentro de casa. Eles acabam se tornando seus fiéis companheiros e melhores amigos. No entanto, é possível que esses animais morram antes mesmo dessas crianças tornarem-se adultas, o que poderá trazer tristeza e frustrações aos pequenos que ainda não sabem lidar com a dor da perda. Cabe aos familiares ajudar as crianças a enfrentar tal situação.

A psicóloga Denise Damasio diz que a reação das crianças diante da morte, depende da idade e maturidade. “Até os cinco anos a criança não tem noção que a morte é algo irreversível e permanente. A perda do animal de estimação não afetará tanto a vida da criança se suas necessidades básicas como comida, conforto, proteção e carinho continuarem sendo supridas pela família ou responsável. Já crianças entre seis e dez anos têm a compreensão que a morte é algo finito e embora a fase de luto possa ser mais rápida que nos adultos, a dor pode ter a mesma intensidade”.

Nestas horas, segundo a especialista, o melhor é dizer a verdade. “Sempre usar a honestidade, independentemente da idade. Se a criança for muito pequena, o ideal é não ficarem de ‘cochichos’ com outras pessoas e, sim, incluí-la no momento das conversas sobre o assunto, dando mais apoio do que explicações detalhadas. É aconselhável não utilizar histórias do tipo, ‘Deus levou seu bichinho para morar com ele’, ‘Agora ele vai dormir para sempre’ ou ‘Seu bichinho fugiu de casa’, pois isso poderá desencadear um sentimento de insegurança, abandono e até certa revolta contra Deus. Os pais devem explicar em uma linguagem infantil, clara e simples, de forma que a criança entenda. Por exemplo, se o bichinho foi enterrado e a criança participou deste momento, pode-se usar a fantasia e explicar que ali ficou apenas o corpo e que a alma dele foi para o céu ou até mesmo que virou uma estrelinha”, orienta a psicóloga.

“A família deve reforçar a ideia que algumas doenças que acometem animais não acontecem com seres humanos, assim a criança não se assustará quando ficar doente” ressalta Denise.

Ensinar sobre a perda e o luto é extremamente importante para o desenvolvimento da criança. “O ideal é sempre dar espaço para que a criança expresse o que está sentindo, deixando que ela demonstre sua dor. Os pais podem transmitir seus sentimentos para os filhos, mas sempre explicando que a morte é algo permanente. Cada criança leva um tempo para processar o luto, uma opção é deixar que ela veja fotos com o animal, de momentos felizes que ele proporcionava”, afirma a psicóloga.

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