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A reinvenção das livrarias

Em 2007, a Amazon apresentou o primeiro leitor de livro digital (com a marca Kindle), mas a tecnologia envolvida é antiga

30/09/2020 10h29 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
A reinvenção das livrarias Alina Hassem, Administradora, especialista em Mercado Financeiro

Alina Hassem, Administradora, especialista em Mercado Financeiro

A Amazon é uma empresa de 25 anos de idade e valor de mercado de mais de US$ 400 bilhões. Ela foi fundada por Jeff Bezzos em 1995, inicialmente, vendendo livros. Hoje, é uma das maiores empresas de varejo do mundo – com mais de 450 mil funcionários, mas no início era, apenas, uma livraria.

Em 2007, a Amazon apresentou o primeiro leitor de livro digital (com a marca Kindle), mas a tecnologia envolvida na produção de livros digitais é bem mais antiga, provavelmente o precursor foi um romance lançado em 1987.

O mercado editorial, tanto no Brasil como no restante do mundo, tem passado por grandes mudanças. Livrarias digitais têm uma estrutura de custos mais baixa do que as lojas físicas, competem oferecendo um preço mais baixo ao consumidor final e, com lojas como a própria Amazon, que possuem uma logística integrada e própria, o custo e tempo de entrega são baixos.

Os livros digitais também mudaram o modo de consumir livros, basta um computador, um tablet ou um leitor de livros como o Kindle e minutos depois da compra, já é possível ler o livro, porém o e-book não substituiu e, provavelmente, não deve substituir o livro impresso, aquela conexão inicial com o autor, a folheada no livro, a descoberta do que nos espera, por enquanto, é uma experiência, que a meu ver, só o livro impresso propicia. Além disso, eles cumprem um outro papel – quando lemos um livro e gostamos tanto que queremos compartilhar com alguém, compramos a versão impressa para presenteá-lo ou quando queremos incentivar nossos filhos a ler mais, também a versão impressa tem um resultado melhor.

Em 2005, com a ideia de conectar sebos com os clientes finais, um empreendedor criou o site Estante Virtual. Atualmente, mais de 2.500 vendedores de livros estão cadastrados e a ideia, apesar de simples, trouxe uma solução de mercado enorme, pois, imagine a situação em que cada sebo cadastrasse a sua própria loja virtual e um consumidor, em busca de um livro específico, precisasse procurar em todos os sites? Atualmente, além de sebos, livrarias e editoras vendem – livros novos, inclusive, através destas plataformas. Neste ano, a Magazine Luiza comprou a Estante Virtual por R$ 31 milhões.

A mudança no mercado editorial é notável, ainda é cedo para suposições se, de fato, o livro impresso será substituído, mas o outro ponto, é que livrarias físicas, lugares sempre tão agradáveis de se frequentar, precisam se reinventar para continuar sendo competitivas.

 

 

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