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Agências bancárias de São Carlos são fechadas e poderá ter demissões

31/03/2020 00h04 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Agências bancárias de São Carlos são fechadas e poderá ter demissões Foto: Luis Morelli

O correntista do Santander que tem conta na agência situada entre a Avenida São Carlos com a Major José Inácio, assim que entra, vê um cartaz na porta que diz: a partir do dia 20 de abril a sua conta será transferida para agência da Rua Episcopal.
A nossa reportagem conversou com um funcionário da agência, que não quis se identificar, sobre essa mudança de endereço dos correntistas. Ele afirmou que o banco vai fechar essa agência e irá demitir alguns funcionários e outros serão remanejados.
Questionamos o Santander sobre essa possibilidade de demissões de funcionários. Em nota ao jornal respondeu que “trata-se mesmo de uma mudança de endereço. Os clientes da antiga agência serão atendidos fisicamente na Episcopal e os funcionários serão absorvidos para atender a demanda”.
Outra agência da cidade que fechou no mês passado, foi do Banco Itaú, situada na Rua Major José Inácio. A assessoria do banco encaminhou nota que esclarece a posição da instituição. “O Itaú Unibanco avalia constantemente a adequação de sua rede de agências às necessidades dos clientes, que têm optado cada vez mais pela utilização de canais digitais, como internet, aplicativos e agências digitais. Seguindo esta premissa, o banco migrou o atendimento da agência 0484, na Rua Major José Inácio, para a agência 7193, que fica na Rua Episcopal”.
No comunicado não informou se a agência iria demitir ou não funcionários que trabalhavam nesta agência.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e outras entidades representativas dos bancários, articulados no Comando Nacional dos Bancários, informou em nota à imprensa, que no dia 23 de março estiveram reunidos, por videoconferência, com a Federação Nacional dos Bancos (FENABAN) para tratar sobre as atividades dos profissionais nos estabelecimentos bancários e as medidas a serem tomadas diante da pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19). Como resultado, os bancos anunciaram que irão suspender demissões durante a pandemia e outras ações aos funcionários. Dos grandes bancos, somente o Bradesco não respondeu as solicitações dos bancários.
“Foi uma vitória do movimento sindical. Não podemos aceitar que o setor que mais lucra no Brasil demita seus funcionários em um momento de pandemia mundial. Temos a responsabilidade de não colocar trabalhadores e clientes em risco neste momento e já temos cerca de 200 mil trabalhadores em home office em todo o país”, disse Ivone Silva, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários.
Bancos brasileiros eliminaram quase 10 mil postos de trabalho em 2019
O setor bancário brasileiro eliminou 9.463 postos de trabalho em 2019. Somente em dezembro foram extintas 680 vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), compilados pelo Ministério da Economia. Fechamento de posto de trabalho caracteriza a extinção de uma vaga (demissão de um trabalhador sem que outro seja contratado para a mesma função).
Além do fechamento de postos de trabalho, um dos setores mais lucrativos da economia do país também ganha com a redução salarial. Os 44.963 bancários demitidos durante o ano ganhavam em média R$ 7.138. Já os 35.500 admitidos no período foram contratados ganhando R$ 4.564. Ou seja, em 2019 os trabalhadores foram contratados ganhando 36% menos do que os demitidos, aponta balanço do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

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