Aumento do mínimo é desconsiderado por consumidores

A partir de 1° de janeiro o salário mínimo passa a ser de R$ 622,73. Isso representa um aumento de 14,13% em comparativo com o atual, de R$ 545.A política atual de reajuste do mínimo está baseado na variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) – inflação -, mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes, é o que explica o economista e consultor financeiro, José Luis Francisco.

Segundo o especialista, este aumento trará gastos adicionais aos cofres públicos de quase 24 bilhões de reais/ano, deste valor a maior parte estará nos gastos da Previdência Social (INSS). “Para a economia privada não haverá grande impacto, visto que a maioria das empresas brasileiras não se orienta pelo mínimo na efetivação de suas políticas salariais, já os aposentados terão seus rendimentos ajustados, mas por se tratar de categoria de baixo consumo, não haverá mudanças no consumo global”, aponta Francisco, não prevendo grandes mudanças no mercado consumidor.

Para Ademir Ferreira, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de São Carlos e Região (SINCOMERCIÁRIOS), o governo cumpriu o que prometeu no quesito reajuste. “Creio que deve impulsionar a nossa economia com o aumento e deve haver uma maior repartição da renda.”