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Aumento do mínimo eleva despesas em R$ 3,3 bilhões, diz IFI

17/01/2020 00h01 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Aumento do mínimo eleva despesas em R$ 3,3 bilhões, diz IFI Foto: Reprodução

O valor do salário mínimo fixado pela Medida Provisória (MP) nº 916/2019 foi de R$ 1.039,00, baseado em projeções de mercado para o INPC, que levaram à correção do mínimo de 2019 (R$ 998,00), em 4,11%. Porém o INPC encerrou 2019 em 4,48%, percentual que, aplicado ao salário mínimo de 2019, resultaria em R$ 1.042,71, uma diferença de R$ 3,71 em relação ao valor fixado pela MP 916 e considerado no Orçamento de 2020. O governo, no entanto, anunciou em 14 de janeiro de 2020 que elevará o valor do mínimo a R$ 1.045,00.
Como efeito da correção, segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI), os gastos públicos federais podem aumentar em R$ 3,3 bilhões. Isso deve-se ao fato do reajuste das aposentadorias equivalentes ao salário mínimo e de diversos benefícios sociais, a exemplo do BPC e do abono salarial, seguirem a correção do piso salarial, enquanto as aposentadorias superiores ao mínimo são indexadas ao INPC. A cada um real de aumento no salário mínimo, há um impacto anualizado de R$ 450 a R$ 550 milhões de reais no orçamento público federal.
De acordo com simulação preliminar da IFI, o reajuste do salário mínimo, de R$ 1.039,00 para R$ 1.045,00, produziria efeito fiscal da ordem de R$ 2,7 bilhões a R$ 3,3 bilhões em 2020. Esse efeito não considera o aumento da despesa das aposentadorias acima do salário mínimo, que foram estimadas na LOA de 2020 com uma inflação de 4,19%, conforme parâmetros indicados no texto final da lei. O gasto adicional, dada a análise apresentada anteriormente, não comprometeria o cumprimento da meta de resultado primário, desde que compensado.
SOBRE A IFI – A Instituição Fiscal Independente (IFI) foi criada no final de 2016 com o objetivo de ampliar a transparência nas contas públicas. Suas quatro funções, conforme fixado em lei (Resolução nº 42/2016), são: divulgar suas estimativas de parâmetros e variáveis relevantes para a construção de cenários fiscais e orçamentários; analisar a aderência do desempenho de indicadores fiscais e orçamentários às metas definidas na legislação pertinente; mensurar o impacto de eventos fiscais relevantes, especialmente os decorrentes de decisões dos Poderes da República, incluindo os custos das políticas monetária, creditícia e cambial; e projetar a evolução de variáveis fiscais determinantes para o equilíbrio de longo prazo do setor público.

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