Bolsas de NY despencam com avanço do coronavírus fora da China
As
bolsas de Nova York fecharam em forte queda nesta última
segunda-feira (24)
em dia marcado pelo temor generalizado nos mercados globais pelo
aumento na disseminação do coronavírus, com salto no número de
infectados na Itália, Coreia do Sul e Irã Investidores temem um
impacto maior na economia global do estava sendo previsto, com a
Itália no centro das preocupações de uma epidemia mais rápida se
espalhando pela Europa.
O índice Dow Jones despencou 1031,41
pontos em um dia, o que anula todos os ganhos de 2020. Em porcentagem
a queda do índice foi de 3,56%, fechando em 27.960,80 pontos. O
Nasdaq caiu 3,71%, a 9.221,28 pontos, e o S&P 500 teve baixa de
3,35%, a 3.225,89 pontos. Entre os setores, destacam-se os segmentos
de energia, com recuo de 4,73%, e tecnologia, com queda de
4,19%.
Neste último setor, destaque para ações da Amazon, que
perderam 4,14%, as do Facebook fecharam em baixa de 4,50% e os papéis
da Apple acumularam retração de 4,75%. Entre os papéis que tiveram
maior desvalorização em outros setores estão os da companhia aérea
American Airlines, que despencaram 8,52%.
Em relatório enviado
a clientes, o grupo financeiro ING afirma que a velocidade do
crescimento de casos de coronavírus na Itália fez com que “as
ações caíssem em todo o mundo numa fuga de riscos”. Os
analistas do ING apontam risco do vírus chegar a Milão, centro
econômico importante para a Europa. O banco Wester Union destacou o
fato do que “o vírus mortal” estar aumentando em uma país
que é a terceira maior economia da zona do euro, o que “eleva
os temores de uma desaceleração global”.
A Organização
Mundial de Saúde (OMS) classificou como “profundamente
preocupante” o avanço do vírus na Itália, Coreia do Sul e
Irã. O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus,
descartou uma pandemia neste momento.
O índice VIX de
volatilidade, chamado de “medidor do medo” dos mercados
acionários americanos, fechou o dia com elevação de 46,55% com
25,03 pontos, após atingir alta de 54% durante a tarde, em meio ao
ambiente de fuga de ativos de risco.
Nos Estados Unidos, o
Centro de Controle de Doenças e Prevenção dos Estados Unidos (CDC,
na sigla em inglês) confirmou 36 casos de contágio por coronavírus
em americanos que estavam no cruzeiro Diamond Princess, que ficou em
quarentena no litoral do Japão, o que eleva para 39 o número de
casos repatriados e 14 o total de infectados em solo americano.