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Bovespa tem 4ª queda seguida

03/07/2013 21h49 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Bovespa tem 4ª queda seguida

O principal índice acionário da Bovespa caiu pela quarta sessão consecutiva nesta quarta-feira, 3, mais uma vez pressionado pelo tombo da petrolífera OGX, em dia marcado também por preocupações com o cenário doméstico e tensões políticas no exterior.

 

Após um pregão volátil, o Ibovespa reduziu as perdas nos ajustes de fechamento e terminou o dia em queda de 0,41 por cento, a 45.044 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 7,99 bilhões de reais.

O movimento nos ajustes refletiu o comportamento das ações da Vale, que diminuíram as perdas para 0,38 por cento, após a mineradora anunciar que conseguiu licença de instalação do projeto Serra Sul, o maior empreendimento de sua história.

Com o resultado desta quarta-feira, o Ibovespa acumula queda de 5,4 por cento nas últimas quatro sessões.

“O sentimento de aversão a risco continua forte no mercado”, disse o analista da Omar Camargo Corretora, em Curitiba, Felipe Rocha.

A expectativa é que o pregão de quinta-feira tenha liquidez reduzida, com ausência de boa parte dos estrangeiros do mercado, enquanto Wall Street ficará fechada devido ao feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos.

A espera pela divulgação do relatório de emprego (payroll) norte-americano na sexta-feira também deve contribuir para o tom de cautela dos mercados, segundo operadores.

Nesta sessão, chamou atenção o comportamento atípico das ações da varejista B2W, que dispararam quase 28 por cento, mais uma vez na contramão do mercado, com operadores citando movimentos de cobertura de posições vendidas.

Já a ação da OGX, do grupo EBX, de Eike Batista, novamente foi o destaque de queda do índice, perdendo mais de 13 por cento.

“A crise do grupo EBX é um fator que puxa o mercado para baixo, é um componente forte, mas não é só isso. Existe todo um mau humor do investidor com relação ao Brasil”, disse o gerente de pesquisas do BB Investimentos, Nathaniel Cezimbra.

Segundo ele, o risco de rebaixamento de rating do Brasil, a perspectiva de crescimento menor com inflação em alta, o recuo da atividade industrial e a recente onda de protestos pelo país são fatores que contribuem para minar o apetite de investidores por ações locais.

Além das questões domésticas, Rocha, da corretora Omar Camargo, citou ainda estresse adicional diante das preocupações com a instabilidade política no Egito e as tensões em Portugal.

O chefe das Forças Armadas do Egito suspendeu nesta quarta-feira a Constituição do país e declarou efetivamente a remoção do presidente eleito, o islamita Mohamed Mursi.

 

Em Portugal, investidores temiam que a saída de duas autoridades de alto escalão do governo e a chance de novas renúncias possam inviabilizar a saída do país do resgate internacional. Esses receios fizeram o rendimento dos títulos do país disparar e a bolsa afundar mais de 5 por cento na sessão.

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