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Desemprego no Brasil sobe a 5,7%

22/03/2012 17h32 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Desemprego no Brasil sobe a 5,7%

O desemprego brasileiro subiu para 5,7% em fevereiro, ante 5,5% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 22. Apesar da elevação, a taxa é a menor para o mês desde o início da série histórica, em 2002.

 

A taxa de janeiro também havia sido a menor para o mês desde o início da série histórica.

Pesquisa da Reuters mostrou que, pela mediana das previsões de 19 analistas consultados, a taxa em fevereiro seria de 5,9%. As estimativas variaram de 5,7% a 6,2%.

Em fevereiro de2011, ataxa ficou em 6,4%, sendo que em dezembro passado chegou à mínima histórica de 4,7%.

 

RENDIMENTO RECORDE

O rendimento médio real habitual dos ocupados chegou a 1.699,70 reais, o valor mais alto desde o início da série, com alta de 1,2% em comparação com janeiro e de 4,4% sobre fevereiro do ano passado.

Segundo o IBGE, tanto o total da população desocupada como o da população ocupada não tiveram variação na comparação com janeiro. A população ocupada somou 1,4 milhão de pessoas e a desocupada, 22,6 milhões.

Na comparação com fevereiro do ano passado, a população desocupada diminuiu 8,6%, o que significa menos 130 mil pessoas. Já a população ocupada aumentou 1,9% em relação a fevereiro de 2011, o que representou mais 428 mil pessoas.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,2 milhões) não mostrou variação na comparação com janeiro e cresceu 5,4% em relação a fevereiro do ano passado. O percentual representou a abertura de 578 mil postos de trabalho com carteira assinada em um ano, disse o instituto.

O IBGE informou ainda que, entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas, “a taxa de desocupação registrou variação significativa somenteem São Paulo, onde passou de 5,5% para 6,1%”.

O nível de ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa) não apresentou variação significativa em nenhum dos grupamentos de atividade, na comparação com janeiro.

Já na comparação com fevereiro de 2011, houve crescimento no grupamento Serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, com alta de 4,6%, e em Educação, saúde e administração pública, com elevação de 3,7% no nível de ocupação.

 

MERCADO AQUECIDO

Na avaliação de Fernanda Consorte, da equipe de Pesquisa Macroeconômica do Banco Santander, a taxa de desemprego de fevereiro confirmou que o mercado de trabalho continua aquecido, “o que pode dar espaço para acelerar o ritmo de crescimento do PIB nos próximos trimestres, especialmente do setor de serviços”.

O emprego é uma das principais preocupações deste ano para o governo, que por isso vem se empenhando para garantir um crescimento econômico na casa de 4 por cento no período. A atenção redobrou porque, em 2011, o país registrou expansão de apenas 2,7%.

Para tanto, entre outros, o Banco Central acelerou o ritmo de corte nos juros básicos em 7 de março, de 10,50% para 9,75% ao ano para estimular o consumo e, consequentemente, a atividade.

Além disso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem dito que o governo adotará medidas para incentivar a economia, sobretudo o setor industrial. Mas exigirá contrapartidas, como a manutenção de empregos.

O mercado de trabalho mostrou sinais de fraqueza recentemente. Em fevereiro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, a economia brasileira gerou 150.600 postos de trabalho em fevereiro, 57 por cento a menos do que no mesmo período do ano anterior.

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