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Diretor do Ciesp confirma dificuldades nas negociações com metalúrgicos

10/10/2019 17h20 - Atualizado há 5 anos Publicado por: Redação
Diretor do Ciesp confirma dificuldades nas negociações com metalúrgicos

As negociações da campanha salarial 2019 entre sindicatos patronais e sindicatos trabalhistas da área metalúrgica serão muito complicadas este ano. Quem confirma isso é o diretor regional de São Carlos do CIESP (Centro  das Indústrias do Estado de São Paulo), empresário Emerson Chu. Ele fala que as empresas do setor fabril de São Carlos vivem o mesmo drama das indústrias de todo o Brasil.

A data base da categoria metalúrgica é 1 de setembro. As negociações envolvem 550 empresas da região de São Carlos e interessam a aproximadamente 11 mil trabalhadores. “Existe um desaquecimento da economia, uma dificuldade muito grande por parte das empresas do segmento industrial de absorver novos custos com reajuste salariais. A situação é complicada e a negociação deve seguir muito complicada até o final”, ressalta ele. Segundo Chu, hoje o setor fabril representa apenas 12% ou 11% do PIB. “Estamos quase chegando a um dígito. Há muita capacidade ociosa e pouca demanda”, comenta.

REJEIÇÃO  – A proposta de reajuste de 3,28% apresentado pelo setor patronal foi rejeitada em assembleia realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos no dia 29 de setembro.. Os trabalhadores reivindicam a reposição da inflação e aumento real.

De acordo com presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos, Erick Silva, esta campanha salarial tem sido uma das mais difíceis, comparada aos últimos anos, devido ao cenário de retirada de direitos que assola a classe trabalhadora.

As rodadas de negociações que acontecem entre FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT/SP) e as bancadas de oito sindicatos patronais são realizadas em São Paulo. Na base dos Metalúrgicos de São Carlos fazem parte do Grupo 2 as empresas Tecumseh e Electrolux, entre outras . Já o Grupo 3 (Autopeças),  também apresentou  proposta de reajuste apenas pela inflação 3,28% e com o agravante de redução do piso salarial.

O sindicalista Erick afirma que os patrões se aproveitam do momento de crise para dificultar as negociações.  Eles tentam se aproveitar do momento atual de forte desemprego. Segundo ele, o reajuste apenas pelo índice é insuficiente para a  categoria. “A nossa pedida é de5%. Demos duas semanas de prazo, que vai estourar na próxima segunda-feira dia 14. Aí vamos começar protestos e até greve se for o caso”, afirma ele.

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