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Dólar recua mesmo após intervenções

01/03/2012 22h19 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Dólar recua mesmo após intervenções

O dólar fechou em queda ante o real nesta quinta-feira, 1º, ignorando uma medida do governo para estancar a espiral de desvalorização da moeda, em mais um dia de intervenção dupla do Banco Central no mercado.

 

A taxa de câmbio recuou 0,47 por cento, para 1,7120 real na venda, revertendo parte do salto de 1,25 por cento na véspera. Ao longo da sessão, a divisa oscilou entre máxima de 1,7271 real e mínima de 1,7100 real.

O governo decidiu aumentar de dois para até três anos o prazo de incidência de alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras de 6 por cento para empréstimos de empresas no exterior. A informação consta do Diário Oficial da União desta quinta-feira.

Em 2012, até aqui, empresas brasileiras já levantaram cerca de 18 bilhões de dólares com a venda de bônus no exterior. Nenhum dos títulos têm prazo de vencimento inferior a cinco anos.

A medida visa reduzir o ingresso de dólar no país, cuja cotação em relação ao real chegou a ficar abaixo de 1,70 real nesta semana.

“Hoje prevaleceu aquela máxima: sobe no boato, cai no fato. E o fato foi bem menos assustador”, disse o diretor de tesouraria do Banco Prosper, Jorge Knauer.

Na véspera, uma fonte da equipe econômica disse à Reuters que o governo analisa a possibilidade de voltar a taxar investimentos estrangeiros em ações no Brasil, com o intuito de proteger o mercado brasileiro das fortes oscilações cambiais. Segundo a fonte, a decisão de voltar a taxar essas operações ainda não foi tomada e, se ocorrer, não deve ser no curto prazo.

O governo voltou a afirmar que continuará agindo para conter uma valorização excessiva do real. A palavra mais forte veio da presidente Dilma Rousseff, que criticou as políticas monetárias expansionistas adotadas por países desenvolvidos para enfrentar a atual crise econômica internacional, causadoras, segundo ela, de um “tsunami monetário”.

Em outra frente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sustentou que o governo continuará tomando novas medidas para impedir a valorização excessiva do real frente ao dólar.

“A medida em si não é significativa… Então, há um impacto marginal, mas nada significativo. (Mas) ela manda um sinal de que o governo está pronto para fazer algo mais severo se quiser”, afirmou o economista do Standard Chartered Bank para América Latina Italo Lombardi, em Nova York.

Os mais de 12,5 bilhões de dólares que ingressaram ao Brasil desde o início do ano, em parte devido às políticas expansionistas de países desenvolvidos, ajudaram o dólar a tombar 8,38 por cento desde janeiro, o levando a rondar o patamar considerado “piso informal” pelo BC, na avaliação do mercado.

Desde o início do mês, o BC voltou a comprar dólares nos mercados. Nesta quinta-feira, a autoridade monetária fez mais dois leilões de compra de moeda, na sétima sessão consecutiva de intervenção, que também vem contando com operações nos mercados a termo e leilões de swap cambial reverso.

 

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