Dólar sobe pela quinta vez seguida e aproxima-se de R$ 5,27
Bolsa recuperou-se de queda e fechou com alta de 1,81%
Em
mais um dia de tensão nos mercados globais, o dólar voltou a subir e a bater
recorde. A bolsa de valores recuperou-se da queda dos últimos dias e voltou a
fechar em alta. O dólar comercial encerrou a última quinta-feira
(02) vendido a R$ 5,266, com alta de R$ 0,005 (+0,09%), na maior cotação
nominal desde a criação do real. A divisa operou próxima da estabilidade o dia
inteiro. Na máxima do dia, por volta das 15h20, a cotação ultrapassou os R$
5,28, mas o Banco Central (BC) interveio no mercado.
A autoridade monetária vendeu US$ 835 milhões das reservas internacionais. O BC hoje não
fez nenhum leilão de swap cambial – equivalentes à venda de dólares no mercado
futuro. O dólar comercial acumula alta de 31,23% em 2020.
Depois de dois dias seguidos de queda, o índice Ibovespa, da B3, a bolsa de
valores brasileira, fechou esta quinta aos 72.253 pontos,
com alta de 2,81%. O índice seguiu a recuperação das bolsas no exterior. O
índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, encerrou o dia com alta de 2,24%,
mesmo em meio às perspectivas de que a economia dos Estados Unidos seja mais
afetada pela pandemia de coronavírus do que o previsto.
Há várias semanas, os mercados financeiros em todo o planeta atravessam um
período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento
da pandemia de coronavírus. As interrupções na atividade econômica associadas à
restrição de atividades sociais travam a produção e o consumo, provocando
instabilidades.
Petróleo
A intensificação da guerra de preços do petróleo entre Arábia Saudita e
Rússia deu uma trégua nesta quinta-feira. Os dois países estão aumentando a
produção de petróleo, o que tem provocado uma queda mundial nos preços. Hoje,
o presidente norte-americano Donald Trump postou numa rede social que um acordo
está sendo fechado entre os principais produtores, o que animou os mercados
globais.
A cotação do barril do tipo Brent, que na terça-feira
atingiu o menor nível em 18 anos, subiu 9,8% e fechou em US$ 27,18. A alta
contribuiu para que as ações da Petrobras, as mais negociadas na bolsa,
subissem. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas)
valorizaram-se 8,59% nesta quarta. Os papéis preferenciais
(com preferência na distribuição de dividendos) subiram 8,46%.