26 de Abril de 2024

Dólar

Euro

Economia

Jornal Primeira Página > Notícias > Economia > Economista alerta para as promoções de final de ano

Economista alerta para as promoções de final de ano

30/10/2012 10h51 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Economista alerta para as promoções de final de ano

Comerciantes já estão antecipando promoções com formas de pagamento para o início de 2013. Com intuito de chamar a atenção dos consumidores e aumentar as vendas de fim de ano, lojistas procuram se diferenciar nas facilidades de pagamento e crédito.

Para estas ofertas tentadoras a economista, Paula Velho, dá algumas dicas de como não se apertar com as compras de fim de ano e não se complicar com as formas facilitadas de pagamento. De acordo com ela, as propostas de lojistas para as vendas de final de ano parceladas e com início do pagamento em janeiro de 2013, devem ser vistas com cautela, pois podem significar tanto uma opção razoável como uma armadilha.

Neste caso de ofertas, vale a pena aceitar o prazo estendido de pagamento quando o consumidor já comprometeu o seu 13º salário e não tem recursos disponíveis para pagamento à vista e realmente precisa dos bens que está adquirindo. Dessa forma é preciso se certificar que os juros embutidos são menores que os disponíveis no mercado. Outra possibilidade de aceitar a promoção é quando o lojista não oferece nenhum desconto para pagamento à vista.

Já os casos em que não vale a pena são quando as promoções servirem apenas de estímulos para compras desnecessárias em uma situação de orçamento já comprometido. Neste momento o consumidor deve se lembrar que janeiro e fevereiro são períodos críticos de recolhimento de tributos e matrículas escolares.

A economista lembra que a sensação de aumento de riqueza proporcionada pela chegada do 13º, associada ao espírito do clima de final de ano podem levar aos gastos desnecessários e a aumento da inadimplência. Não é por acaso que março e abril são meses de recordes de inadimplência.

 “Compras com prazos dilatados e prestações menores no geral são atraentes, mas incorporam os riscos de inadimplência e o próprio custo do capital para o lojista. Então, o cliente acaba pagando este custo embutido no valor da parcela”, explica Velho.

Para os lojistas, a economista também lembra que o risco é grande. Se o pagamento for parcelado no cartão de crédito, os riscos de inadimplência são menores, mas via boleto ou cheque, com certeza a probabilidade de inadimplência será maior.

De acordo com o presidente da Associação Comercial e Industrial de São Carlos (Acisc), Alfredo Maffei Neto, as lojas estão se empenhando para facilitar ao máximo as formas de pagamento para seus clientes. No entanto, a Acisc sempre alerta seus associados para redobrarem os cuidados nessa prática, que pode incentivar a inadimplência. “Prolongar a data da primeira parcela e aumentar o número de prestações é bem comum, especialmente no Natal. Porém é preciso que o analista de crédito seja bastante criterioso ao aprovar uma compra a prazo e que o consumidor avalie se realmente ele conseguirá quitar essas prestações”, salienta Maffei.

Quanto ao uso do 13ª salário, Velho diz que a melhor dica é usá-lo para pagar as contas e resgatar a capacidade de endividamento. Com exceção nos casos em que o desconto à vista for maior que os juros cobrados nas parcelas da dívida antiga. “Mesmo assim, se o consumidor não for organizado e não resistir a tentações é melhor usá-lo para quitar as dívidas”, afirma Velho.

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x