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Empresários elogiam redução de luz, mas apontam dificuldades no setor

02/03/2013 12h51 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Empresários elogiam redução de luz, mas apontam dificuldades no setor

Na noite de quinta-feira, 28, aconteceu a primeira reunião mensal de 2013 no Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). Durante o evento, o diretor regional da entidade, Ubiraci Moreno Pires Corrêa, explicou sobre a redução da tarifa de energia para o setor empresarial, e a luta na conquista do abatimento do insumo para a indústria.

 

“Desde o ano passado a Fiesp fez um trabalho exigindo a redução de energia, pois todas as usinas do Brasil já tinham sido depreciadas e continuava sendo cobrada a depreciação nas contas de energia, e a presidência da república percebeu, viu que era sério, fez o trabalho e acabou fazendo a redução que nós pedimos. Então a redução, a partir de janeiro e fevereiro, é de 18% a 32% da conta. Para algumas empresas esse impacto é muito considerável, por exemplo, a indústria de alumínio, cujo grande insumo é energia elétrica. Mas qualquer redução de custo é muito importante”, disse Corrêa.

Sobre os incentivos fiscais para setores industriais, ele afirma: “Eles são importante, mas são muito frágeis, porque amanhã as medidas provisórias, as portarias são canceladas e os impostos voltam. Então um estudo para reduzir a carga tributária definitivamente seria muito mais importante”.

Durante o evento, a reportagem entrevistou outros empresários a respeito das perspectivas que têm para 2013. Sobre isso, o diretor do Ciesp diz: “Ano passado tivemos um PIB negativo, tivemos uma retração na ordem de 2% a 3%, que ainda está sendo previsto. Para este ano estamos prevendo uma recuperação desses 2% ou 3%. Ou seja, se der 3% vamos terminar o ano como 2011”.

Segundo Paulo Coli, presidente da Latina a situação macroeconômica ligada à indústria não mudou muito de 2012 para 2013: “Ainda existem uma série de questões em aberto: o câmbio, que não é estável, questões ligadas à segurança jurídica que está sendo discutida a todo instante; problemas de insumo decorrentes da variação cambial, os custos estão subindo significativamente, inclusive os custos de mão de obra. Para 2013 não há nada que sinalize uma mudança de rumo. Existe um processo de desindustrialização que vem sendo discutido há alguns anos e no segmento que atuamos, eletroeletrônico, isso é crescente. É um cenário preocupante, mas a expectativa é sempre de melhora, claro. Somos otimistas pela natureza, senão não seríamos empresários. Mas entendemos que crise às vezes é necessária, pois é nela em que se gera soluções efetivas”, diz.

 

Outras perspectivas

“Na área de serviço”, explica José Pinheiro, da Nova Marca Consultoria Associados, “esperamos que haja uma revitalização em todos os setores, pois 2012 não foi fácil para as empresas. Mas a prospecção de negócios está caminhando, e principalmente depois de fevereiro é que começamos a ver o movimento. A procura nesse fim de fevereiro já foi bastante auspicioso em todas áreas em que trabalhamos, seja na área de marcas e patentes, seja na de consultoria jurídica,na área de Anvisa, nos setores de comunicação visual”, diz.

Sérgio Leme de Godoy, da Têxtil Godoy Lta, explica: “Em 2013 tivemos uma surpresa de baixar a energia, e esse custo na empresa de embalagens é muito significativo, e o reflexo é muito positivo, pois diminui custos, possibilita maior investimento. Entre 2010 e 2012, o governo de Estado diminuiu a base da alíquota do ICMS para empresas de embalagem, e isso provocou um reflexo muito bom, pois com isso conseguimos vender para região, pois antes eles compravam de fora”.

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