Endividamento das famílias fica em 46,2% em abril
O endividamento das famílias
brasileiras com o sistema financeiro ficou estável em 46,2% abril, mesmo
patamar de março, informou nesta última sexta-feira (26) o Banco Central. Se
forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 27,2% em
abril, ante 27,3% em março.
O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido
pela renda no período de 12 meses. Além disso, incorpora os dados da Pesquisa
Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de
Emprego (PME), ambas do IBGE.
Em função da metodologia utilizada, os números de endividamento
sempre são divulgados com um mês de defasagem. Assim, os dados de hoje têm como
referência o mês de abril, quando se intensificaram os efeitos da pandemia do
novo coronavírus sobre a economia.
Segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o
Sistema Financeiro Nacional (SFN) atingiu 20,9% em abril, ante 21,1% em março.
Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda ficou em
18,5% em abril, ante 18,6% em março.
Habitação
O estoque das operações de crédito direcionado para habitação
no segmento pessoa física cresceu 1,0% em maio ante abril, totalizando R$
660,082 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até maio, o crédito para
habitação no segmento pessoa física subiu 8,1%.
Os dados apresentados hoje pelo BC são influenciados pelos
efeitos da pandemia do novo coronavírus, que colocou em isolamento social boa
parte da população e reduziu a atividade das empresas.
Já o estoque de operações de crédito livre para compra de
veículos por pessoa física recuou 0,9% em maio ante abril, para R$ 204,100
bilhões. Em 12 meses, houve alta de 12,3%.