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Exterior limite queda do dólar, após ganhar 2,74% na semana passada

Em outubro, a valorização apurada frente o real é de 1,28%

13/10/2021 08h12 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
Exterior limite queda do dólar, após ganhar 2,74% na semana passada Foto: Agência Brasil / Reprodução

O dólar operou em baixa nos primeiros negócios da última segunda-feira (11) com investidores ajustando posições, após ganhos acumulados de 2,74% no mercado à vista na semana passada. Em dia de baixa liquidez com feriados nos EUA, que mantém o mercado de Treasuries fechado, e nesta última terça-feira (12) no Brasil, o mercado iniciou os negócios em leve queda, com sinais, por enquanto, de uma realização leve de ganhos recentes, diz Jefferson Rugik, diretor da corretora Correparti. Para ele, o mercado pode voltar a acompanhar o exterior, onde o índice DXY sobe antes seis pares principais e a moeda americana opera com ganhos frente a algumas divisas emergentes, como peso mexicano e rand sul africano.

O mercado de câmbio tendeu a operar com liquidez reduzida na última segunda-feira e ficou volátil frente o real em meio à alta do dólar ante pares principais e os sinais mistos frente divisas emergentes e ligadas a commodities no exterior, mas também subindo ante peso mexicano. Um ajuste de baixa nos primeiros negócios poderá refletir realização de ganhos, após a moeda americana ter fechado a R$ 5,5161 (-0,02%) na última sexta-feira (8), acumulando ganhos na semana passada de 2,74%. Em outubro, a valorização apurada frente o real é de 1,28%.

Contudo, os economistas do mercado voltam a ajustar para cima suas expectativas para a inflação doméstica, em cenário de crise hídrica, que pressiona a conta de luz dos consumidores em geral, e de alta dos preços dos combustíveis e alimentos. A estimativa para o IPCA para 2021 passaram de 8,51% para 8,59% e, para 2022, de 4,14% para 4,17%, sendo mantidas para 2023 (3,25%) e 2024 (3,00%). A aposta para a Selic no fim de 2021 permanece em 8,25% ao ano e no fim de 2022 sobe de 8,50% para 8,75% ao ano, enquanto para o fim de 2023 cai de 6,75% para 6,50% ao ano e, para fim de 2024, permanece em 6,50% ao ano. O câmbio para 2021 passou de r$ 5,20 para R$ 5,25 e, para 2022, permanece em R$ 5,25.

Nos Estados Unidos, o mercado de Treasuries não abriu, por causa do feriado de Columbus Day e, ontem, terça-feira (12), os mercados no Brasil ficam fechados pelo feriado de Nossa Senhora Aparecida. Por enquanto, no exterior, predominam sinais negativos nas bolsas internacionais e alta das commodities, como petróleo, com investidores observando os avanços recentes dos preços de energia e o temor de problemas na oferta nessa frente prejudiquem a retomada econômica global. No radar na semana estão os dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos e a ata da última reunião do Federal Reserve.

A Capital Economics afirma em relatório que a inflação no mundo em geral deve ficar elevada mais tempo do que o antes previsto, justamente pela alta nos preços de energia e também com a falta de alguns produtos, diante de problemas em cadeias produtivas. A consultoria acredita, porém, que a inflação voltará à meta do Banco Central Europeu (BCE) dentro de dois anos na zona do euro

Na última sexta-feira (8), o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras moedas fortes, caiu, com investidores atentos ao relatório mensal de empregos (“payroll”) de setembro, que mostrou geração de vagas abaixo do esperado por analistas, mas leituras melhores do que as previsões para a taxa de desemprego e a evolução do ganho salarial médio. Ainda assim, os analistas em geral continuavam a esperar que o Fed comece a reduzir as compras de bônus neste ano, com provável anúncio oficial desse passo em novembro.

No câmbio local, o dólar ficou volátil na última sexta, dia em que o IPCA de setembro confirmou as expectativas e veio no maior nível para o mês (+1,16%) desde 1994, embora abaixo da mediana das expectativas dos economistas.

Na última segunda-feira (11), o Banco Central realiza leilão de até 14.000 contratos (US$ 700,0 milhões) de swap cambial tradicional para rolagem de overhedge de bancos, das 10h30 às 10h40, e também fez oferta, de até 15.000 contratos (US$ 750,0 milhões) de swap à rolagem dos vencimentos de janeiro, às 11h30.

Mais cedo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, desacelerou a 1,09% na primeira quadrissemana de outubro, após 1,13% no fechamento de setembro, divulgou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Na primeira leitura do mês, quatro dos sete componentes do IPC-Fipe arrefeceram em relação ao fechamento de setembro: Habitação (0,80% para 0,75%), Alimentação (1,38% para 1,35%), Transportes (1,32% para 1,25%) e Saúde (0,07% para -0,10%).

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