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FECAM-SP afirma que valor do frete não acompanha reajuste do combustível

“Em tempos de insegurança econômica e institucional, com milhares de pais de família perdendo seus empregos”, afirmou Claudinei Pelegrini

23/02/2021 07h31 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
FECAM-SP afirma que valor do frete não acompanha reajuste do combustível Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O presidente da Federação dos Caminhoneiros de São Paulo, Claudinei Pelegrini, o Pico, manifestou a posição da instituição depois do terceiro aumento do diesel ocorrido no dia 19, com o reajuste de R$ 0,23 para o litro da gasolina e de R$ 0,34 para o do diesel. O preço cobrado nas refinarias da Petrobras corresponde a cerca de 33% do preço pago pelos consumidores finais da gasolina e a 51% do preço final do diesel, segundo a estatal.

Para Pelegrini, em qualquer tempo, aumentar o custo de insumos, como o óleo diesel, causa grandes problemas para o transportador autônomo de cargas, principalmente porque o valor do frete não acompanha o aumento.

“Entretanto, em tempos de insegurança econômica e institucional, como o que estamos vivendo, com milhares de pais de família perdendo seus empregos, esses problemas são maiores e ampliados; principalmente porque o custo de vida de todos sofre um aumento, que a maioria, desempregada ou com os salários congelados e até mesmo diminuídos, não consegue suportar”.

A Petrobras explicou que até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis.

Na avaliação de Pelegrini, haverá um empobrecimento contínuo da população em geral e, no caso do transportador autônomo de cargas, uma redução drástica em seus ganhos com fretes já tão minguados, veículos rodando sem a devida manutenção, veículos velhos que gastam muito mais e famílias à beira da miséria.

“Uma bola de neve provocada pela insensibilidade daqueles que são os responsáveis pela condução da política econômica no país, seja no nível estadual ou federal”.

Na visão do sindicalista, são os governadores e presidente os responsáveis diretos ou indiretos pelo aumento dos insumos, através da adoção de aumentos diretos ou pela manutenção de impostos como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

“De um lado o diesel aumenta, pedágios aumentam, demais insumos como pneus e peças aumentam. E de outro lado os fretes diminuem e o transportador autônomo de cargas e suas famílias empobrecem”.

Os preços praticados nas refinarias da Petrobras são reajustados de acordo com a taxa de câmbio e a variação do preço internacional do petróleo, negociado em dólar. Desde janeiro, a Petrobras já reajustou três vezes o preço do diesel e quatro vezes o da gasolina, que tinha o valor médio de R$ 1,84 em 29 de dezembro e chegará a R$ 2,48 com o reajuste que vigora a partir de amanhã.

GOVERNO FEDERAL – O presidente Jair Bolsonaro afirmou na quinta-feira (18), durante sua live semanal nas redes sociais, que o governo decidiu zerar os impostos federais que incidem sobre o gás liquefeito de petróleo (GLP) – o gás de cozinha – e o óleo diesel. A suspensão sobre o gás será definitiva. Já a interrupção na cobrança federal sobre o diesel terá duração de dois meses. As medidas foram decididas em uma reunião do presidente com a equipe econômica, ocorrida durante a tarde, e passam a valer no próximo mês.

“A partir de 1º de março agora, não haverá mais qualquer tributo federal no gás de cozinha, ad eternum. Então, não haverá qualquer tributo federal no gás de cozinha, que está, em média, hoje em dia, R$ 90, na ponta da linha, para o consumidor lá. E o preço na origem está um pouco abaixo de R$ 40. Então, se está R$ 90, os R$ 50 aí é ICMS, imposto estadual, e é também para pagar ali a distribuição e a margem de lucro para quem vende na ponta da linha”, disse o presidente.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, indicou no sábado (20) que deve realizar novas mudanças em cargos do governo. Ao participar da cerimônia de formatura de alunos da Escola Preparatória de Cadetes (EspCEx), em Campinas (SP), Bolsonaro disse que precisa “trocar as peças que por ventura não estejam dando certo”. Na Petrobras, ele indicou o general da reserva Joaquim Silva e Luna para substituir Roberto Castello Branco, no comando da empresa.

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