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IPC-S desacelera em junho a 0,11% e deve recuar mais

02/07/2012 15h36 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
IPC-S desacelera em junho a 0,11% e deve recuar mais

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou para uma alta de 0,11% na quarta quadrissemana de junho, que corresponde ao fechamento do mês, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), e a expectativa é de que o indicador agora caminhe para perto de zero.

 

Em maio, o IPC-S havia fechado com ganho de 0,52%. Na terceira quadrissemana de junho, o IPC-S apresentou elevação de 0,16%. Com o fechamento do mês, o indicador acumula alta de 2,83% no ano e de 5,37% nos últimos 12 meses, de acordo com a FGV.

Segundo o economista da FGV, André Braz, o IPC-S pode em julho caminhar rumo a uma taxa perto de zero. “Isso porque os automóveis continuam com Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) mais baixo e a redução do IPI dos eletrodomésticos também foi prorrogada. A nossa expectativa é de ficar perto de zero porque também haverá promoções no vestuário e não haverá mais pressão de remédios”, disse ele.

Na sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a prorrogação do prazo de vigência da redução do IPI para a linha branca, móveis, luminárias, laminados e papel de parede.

“Esperamos para o fechamento do ano um IPC-S na casa de 5 ou 5,1%, dado o cenário econômico nacional e internacional, além de medidas de estímulo do governo com redução de impostos”, completou Braz.

Indicadores recentes de inflação vêm mostrando arrefecimento dos preços, o que dá sustentação à política do Banco Central de redução da taxa básica de juros do país, atualmente na mínima histórica de 8,50%, com o objetivo de impulsionar a economia.

Na semana passada, por exemplo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou para uma alta de 0,66% em junho, ante elevação de 1,02% em maio.

Na última quadrissemana do mês, cinco dos oito grupos que compõem o IPC-S desaceleraram a alta de preços em relação à terceira quadrissemana.

O principal destaque ficou com Despesas Diversas, que passou de alta de 1,48 para 0,48%. Nesta classe de despesa, destacou-se o comportamento do item cigarros, cuja taxa de variação passou de 3,15 para 0,51%.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Vestuário (0,22 para 0,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,53 para 0,38%), Habitação (0,13 para 0,06%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,06 para -0,10%).

Por sua vez, registraram acréscimo nas taxas de variação os grupos Transportes (-0,81 para -0,73%), Alimentação (0,67 para 0,74%) e Comunicação (-0,02 para 0%).

“A queda não foi mais intensa porque o grupo Alimentação está sobrevivendo com taxas elevadas. Itens de peso têm o efeito da questão climática, como hortaliças e legumes, além do efeito do dólar sobre panificados, biscoitos, óleos e gorduras”, disse o economista da FGV. (reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier no Rio de Janeiro)

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