Juros: Trabalho fiscal ajuda a redução
Um resultado fiscal forte abre “um espaço interessante” para a redução das taxas de juros, avalia o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Ele informou ontem que o superávit primário do Governo Central (Previdência Social, Banco Central e Tesouro Nacional) em julho é o melhor resultado desde o início da série histórica, em 1997.
“Um resultado mais forte abre um espaço interessante para a política monetária. À medida que conseguirmos obter um melhor resultado fiscal, melhores ficam as condições para que o Banco Central, dentro da sua autonomia, avalie qual a melhor política a ser conduzida”, disse. Segundo ele, com a melhora da situação fiscal, o governo contribui para o crescimento da economia de forma equilibrada.
O resultado considerado forte por Arno Augustin está relacionado aos números do Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional), que registrou, em julho, superávit primário de R$ 11,184 bilhões ante os R$ 10,6 bilhões de junho. Com o resultado, o superávit acumulado de janeiro a julho subiu para R$ 66,9 bilhões ou 2,91% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse valor supera em R$ 41,2 bilhões o registrado no mesmo período de 2010. Com o resultado de julho, o Governo Central cumpriu mais de 80% da meta fiscal nominal estabelecida para 2011 (R$ 81,8 bilhões).
No início da semana, o Banco Central informou que a expectativa dos analistas do mercado financeiro para a taxa básica de juros, Selic, ao final de 2011 e do próximo ano é 12,50% ao ano. Já as projeções de inflação para este ano e 2012 caíram. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,28% para 6,26%, em 2011, e de 5,27% para 5,23%, em 2012. Mesmo assim, ambas estão acima do centro da meta de inflação de 4,5%, mas abaixo do limite de 6,5%. {jcomments on}
