Mercado financeiro reduz estimativa de inflação para 3,25% este ano
As
instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC)
reduziram a estimativa para a inflação este ano, pela sexta vez
seguida. Desta vez, a projeção para o Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país – caiu
de 3,40% para 3,25%. A informação consta do boletim Focus, pesquisa
semanal do BC, que traz as projeções de instituições para os
principais indicadores econômicos.
Para 2021, a estimativa de
inflação se mantém em 3,75%. A previsão para os anos seguintes
também não teve alterações: 3,50% em 2022 e 2023.
A projeção
para 2020 está abaixo do centro da meta de inflação que deve ser
perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário
Nacional, é 4% em 2020. Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022,
3,50%. O intervalo de tolerância para cada ano é 1,5 ponto
percentual para cima ou para baixo, ou seja, em 2020, por exemplo, o
limite mínimo da meta de inflação é 2,5% e o máximo,
5,5%.
Selic
Para
alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal
instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente
em 4,25% ao ano..
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu
a Selic, pela quinta vez seguida, com corte de 0,25 ponto percentual.
Para o mercado financeiro a Selic deve ser mantida no atual patamar
até o final do ano. Em 2021, a expectativa é de aumento da taxa
básica, encerrando o período em 6% ao ano. Para o final de 2022 e
2023, a previsão é 6,5% ao ano.
Quando o Copom reduz a Selic,
a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à
produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e
estimulando a atividade econômica.
Quando o Copom aumenta a
taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e
isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem
o crédito e estimulam a poupança. Já a manutenção da Selic
indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes
para chegar à meta de inflação.
Atividade
econômica
A
projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma
de todos os bens e serviços produzidos no país – foi mantida em
2,30% em 2020. As estimativas das instituições financeiras para os
anos seguintes – 2021, 2022 e 2023 – permanecem 2,50%.
A
previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar está em
R$ 4,10 para o fim deste ano e subiu de R$ 4,05 para R$ 4,10, ao
final de 2021.