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Mercado vê inércia no papel da Embrapa

25/03/2012 12h16 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Mercado vê inércia no papel da Embrapa

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem sido questionada por empresários do setor agrícola pela falta de projetos e pesquisas de ponta  voltados para atender aos produtos de commodities como soja, milho algodão e café, por exemplo.

Essa discussão gerou o projeto de lei do senados Delcídio Amaral (PT do Mato Grosso do Sul) de transformar Embrapa em empresa de capital misto, modelo usado pelo Banco do Brasil e Petrobras com ações negociadas na bolsa de valores. Com isso, a iniciativa privada iria investir em pesquisas feitas pela Embrapa, como estabelece o projeto, sem que a direção da empresa de pesquisa deixasse de ser estatal.

Na avaliação dos empresários os investimento em pesquisa para este setor são ínfimos se comparados aos projetos custeados pelas empresas do setor privado como Monsanto, Dupont, Syngenta e Bayer. No relatório anual da Monsanto que atua com soja, o investimento anual em pesquisa gira na ordem de US$ 1 bilhão (perto de R$ 1,7 bilhão de dólares). Ao passo que o orçamento total da Embrapa para 2012 é de R$ 2 bilhões.

Para o ex-presidente da Embrapa, Silvio Crestana, a verba da Embrapa é similar ao dos departamento de agricultura Norte-americano  e superior ao investimento anual da França e outros países europeus. É um orçamento consistente e adequado ao trabalho da Embrapa, uma empresa que se modernizou com a injeção de R$ 900 milhões em 2007.

Para o atual presidente da Embrapa, Pedro Arraes a empresa deve continuar 100% pública. “É uma convicção minha e  dos servidores da estatal”, afirmou. A proposta do senador petista não tem respaldo no Planalto. “A proposta tem problema de mérito, não cabe ao Legislativo mudanças em questões jurídicas da empresa, mas sim o Executivo”, declarou.

Os oposicionistas à abertura da Embrapa ao mercado de capital afirmam que corre-se o risco com essa proposta de empresas concorrentes no setor de pesquisa entrada no conselho da estatal e colocar em risco os interesses e a soberania da segurança alimentar  do país.

O senador Amaral disse que não abre mão da proposta e garante que vai brigar pelo conceito básico do projeto, mesmo se sentando e apresentando substitutivos que aproxime o projeto dos insatisfeitos. Para ele há muita falta de informação sobre o assunto, com alegações que seria um processo de privatização.

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