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Mercado volta a reduzir expansão do PIB, a 2,05%

02/07/2012 15h27 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Mercado volta a reduzir expansão do PIB, a 2,05%

A persistente dificuldade da economia brasileira em acelerar levou o mercado a reduzir mais uma vez sua expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), pela oitava semana seguida, mantendo a projeção para a Selic neste ano em 7,50%.

 

De acordo com relatório Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira, 2, o mercado cortou a previsão de crescimento do PIB em 2012 de 2,18 para 2,05%.

Se concretizado, esse resultado continua bem abaixo do já fraco desempenho do ano passado, quando a expansão foi de apenas 2,7%. Além disso, seria o pior resultado desde 2009, quando a economia encolheu 0,33%.

Na semana passada, o BC reduziu sua projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano de 3,5 para 2,5%, devido à recuperação ainda lenta da atividade e ao cenário internacional.

Depois de o PIB ter crescido apenas 0,2% no primeiro trimestre deste ano, comparado com os últimos três meses de 2011, a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff já abandonou a previsão inicial de crescimento de 4,5% da economia para este ano e parte dela fala em algo em torno de 3%.

A indústria é o ponto principal, uma vez que a produção do setor registrou a segunda queda seguida em abril, ao recuar 0,2% frente a março. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta terça-feira, 3, os dados sobre a produção industrial de maio.

Para enfrentar essa situação, o governo vem anunciando várias medidas de estímulo e o BC reduziu a Selic em 4% desde agosto passado, para a mínima recorde de 8,50% ao ano atualmente. E deve realizar ainda mais reduções, como indicado na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Para 2013, as previsões no Focus apontam para um PIB crescendo 4,20%, inalterado ante a semana anterior. Já para a Selic no período, o mercado manteve a previsão de 9,00% anteriormente.

 

INFLAÇÃO

O recente movimento de desaceleração da inflação, como mostrado por vários indicadores, abre ainda mais espaço para que o BC continue reduzindo a taxa básica de juros.

Nesta segunda-feira, 2, o índice IPC-S calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) registrou alta de 0,11% na quarta quadrissemana de junho após encerrar maio com ganho de 0,52% . Já na semana passada, a FGV informou que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou para uma alta de 0,66% em junho, ante elevação de 1,02% em maio.

Assim, o mercado continua reduzindo suas estimativas para o IPCA no final deste ano, permanecendo abaixo da marca de 5 por cento, segundo o Focus. A previsão agora é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no final deste ano ficará em uma alta de 4,93%, ante 4,95% na semana anterior. Para 2013, a expectativa foi mantida em 5,50%.

Em seu Relatório de Inflação, o BC piorou suas perspectivas ao projetar que o IPCA subirá 4,7% pelo cenário de referência, ante previsão anterior de 4,4%, devido à alta do dólar frente ao real.

Ainda segundo o Focus, a taxa de câmbio prevista pelo mercado para o fim de 2012 foi mantida em 1,95 real por dólar.

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