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Metalúrgicos de São Carlos realizam assembleia domingo e podem iniciar greve

16/10/2019 07h40 - Atualizado há 5 anos Publicado por: Redação
Metalúrgicos de São Carlos realizam assembleia domingo e podem iniciar greve

Os Metalúrgicos de São Carlos realizarão, no próximo domingo (20), às 9h, no Clube dos Metalúrgicos, uma nova assembleia para discutir os rumos da negociação com a classe patronal na campanha salarial 2019. A negociação envolve perto de 11 mil trabalhadores de 550 empresas da região central.

Na primeira assembleia, realizada no final de setembro, os trabalhadores rejeitaram, por unanimidade, a proposta apresentada pelos patrões, que limita o reajuste salarial apenas pela inflação, referente à data-base 2019. Os trabalhadores buscam a reposição da inflação e aumento real.

“Aguardaremos até sexta-feira, novas propostas dos grupos patronais. Caso estas propostas não sejam apresentadas ou mesmo se forem apresentadas e rejeitadas pela companheirada, vamos iniciar as paralisações nas fábricas”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Região, Erick Silva.

Seguindo ele, a negociação em São Paulo entre a FEM CUT São Paulo com as bancadas patronais ligadas à Fiesp, não resultaram até agora nada além de 3,5% de reajuste, o que daria um pouco mais de 0,2% de aumento real. Para nós não é possível aceitar nenhuma proposta deste tipo. Continuamos em estado de greve, na expectativa  de receber nova proposta dos patrões que atendam à nossa reivindicação de aumento real, que foi um aumento cheio de 5%.

A proposta de 3,5% não foi de todos os grupos patronais, mas apenas do Grupo 3, formado pelo Sindipeças, Forjaria e do Sindicato de Fabricantes da Parafusos e do Sindicel, que negocia individualmente.  

De acordo com o Sindicato, esta campanha salarial tem sido uma das mais difíceis, comparada aos últimos anos, devido ao cenário de retirada de direitos que assola a classe trabalhadora. Na base dos Metalúrgicos de São Carlos fazem parte do Grupo 2 as empresas Tecumseh e Electrolux, entre outras . Segundo Erick, diante da situação, a categoria vai intensificar a mobilização em toda a base. “Somente unidos chegaremos ao final de uma data-base com avanços e manutenção de direitos”.

OUTRO LADO – O diretor regional de São Carlos do CIESP (Centro  das Indústrias do Estado de São Paulo), empresário Emerson Chu, confirma as dificuldades para patrões e trabalhadores chegarem a um denominador comum e culpa a crise econômica pelo imbróglio. 

Segundo Chu, o desaquecimento da economia cria dificuldades para reajustes altos.  “A situação é complicada e a negociação deve seguir muito complicada até o final.  Hoje o setor fabril representa apenas 12% ou 11% do PIB. Estamos quase chegando a um dígito. Há muita capacidade ociosa e pouca demanda e qualquer aumento de custo é relevante ”, comenta.

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