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Pesquisa mostra futuro das profissões no Brasil

26/01/2020 00h00 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Pesquisa mostra futuro das profissões no Brasil Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Tradicionais, medicina, direito, engenharia, pedagogia e licenciaturas estão entre as carreiras mais procuradas por estudantes de 15 anos em 41 países. No Brasil, quase dois a cada três estudantes pretendem seguir as dez profissões mais citadas no questionário do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2018 por aqueles que fizeram as provas.
Os resultados estão no estudo “Empregos dos sonhos? As aspirações de carreira dos adolescentes e o futuro do trabalho”, divulgado esta semana pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Os rankings das profissões mais desejadas variam de acordo com o gênero dos estudantes. Entre as mulheres, tanto em 2000 quanto em 2018, medicina, direito, pedagogia e licenciaturas, enfermagem, psicologia, administração e veterinária estão entre as top 10.
No Brasil, 63% dos estudantes de 15 anos querem seguir essas carreiras. O índice só é superado pela Indonésia, com 68%. França e República Tcheca têm o menor percentual, 36%.
Entre os homens, as profissões mais procuradas em 2018 foram engenheiro, administrador, médico, advogado, profissional de educação física, arquiteto, mecânico automobilístico, policial e profissional de tecnologia da informação e comunicação.
As profissões são as mesmas desejadas em 2000, apenas mudaram de lugar no ranking. Engenharia, que ocupava a terceira posição entre os meninos, passou a ser a mais buscada.
Futuro das profissões – O estudo analisou também os riscos de as profissões escolhidas pelos estudantes não existirem mais no futuro devido ao uso de robôs e de inteligência artificial para substituir trabalhadores.
De acordo com o texto, a maioria das carreiras mais populares entre os jovens, como profissionais de saúde e sociais, culturais e legais, tende a ter baixo risco de automação.
No entanto, fora do ranking das profissões top 10, “muitos jovens selecionam empregos com risco muito maior de automação. Ao todo, 39% dos empregos citados pelos participantes do Pisa correm o risco de ser automatizados dentro de 10 a 15 anos”.
O estudo mostra que o risco de automação varia entre países. Na Austrália, Irlanda e no Reino Unido, cerca de 35% dos empregos citados pelos estudantes correm o risco de automação. Na Alemanha, Grécia, Japão, Lituânia e Eslováquia, mais de 45% desses empregos estão em risco.
O especialista em recursos humanos, Samir Rodrigues afirma que o tema das novas profissões inquieta a todos. “O futuro é algo que intriga e tira o sono de muita gente, tanto que é que o nosso país, segundo estudos do assunto, é o que apresenta o maior percentual de pessoas ansiosas”, comenta.
Seguindo Rodrigues as pessoas mudam de opinião com o tempo. “O ocorrem alterações nessas aspirações ao longo do tempo, pois os modelos mentais e realidades também mudam. Por exemplo, em 2000 algumas profissões desejadas, como secretária e cabeleireira, estavam entre dez mais desejadas pelas mulheres que participaram da pesquisa, em 2018 foram substituídas, por exemplo, por designer e arquiteta”, reflete ele.
Para a professora de Marketing e Comunicação, especialista em Gestão Empresarial, Daniella Rebelo, o que vai ampliar as oportunidades de atuação no mercado de trabalho é a necessidade resolver os problemas que temos hoje e os que ainda vão surgir.
“Tentando dar uma olhadinha ali no amanhã, a gente já consegue ver alguns sinais no que tange reaproveitamento de recursos. Aí podemos pensar em engenharias ligadas não só a melhor aproveitamento de recursos naturais, mas também com relação ao lixo, como diminuir e ou usar melhor o que temos disponíveis. Novos serviços que facilitem ainda mais a vida das pessoas, como os aplicativos de pessoas que podem cuidar dos pets, vamos pensar então de alguém que vai cuidar das plantas, por exemplo”.
Segundo ela, a própria moda ainda tem muito a evoluir. “Já li que se parássemos hoje toda e qualquer produção têxtil, teríamos roupas para os próximos 30 anos! Então, o que quero dizer é que talvez não conseguimos ainda prever exatamente quais profissões vão existir, mas já podemos entender que traremos novas soluções para antigos problemas.”

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