Portos do Paraná movimentam 3,44 milhões de toneladas de carga em janeiro
Os
portos de Paranaguá e Antonina movimentaram 3,44 milhões de
toneladas de carga em janeiro, informou a empresa pública Portos do
Paraná, em nota, nesta última
segunda-feira (10).
Houve alta nos volumes de carga geral e granéis líquidos, com
destaque para embarques de açúcar em saca, contêineres, óleo
vegetal e derivados de petróleo. Os granéis sólidos representam
mais de 55% da movimentação (1,9 milhão de toneladas), mas os
maiores crescimentos ocorreram em embarques e desembarques de granéis
líquidos (+25% ante igual mês do ano anterior) e de carga geral
(+19% na mesma base de comparação).
Entre os granéis
líquidos, a movimentação de óleos vegetais, principalmente de
soja, foi de 27.548 toneladas em janeiro, 6% acima de igual período
de 2019. Esses produtos são exportados principalmente para a
Ásia.
“A explicação para a exportação acentuada que
tivemos no início do ano, diferente de anos anteriores, é que o
preço do produto no mercado argentino, nosso principal concorrente
nas exportações para o mercado asiático, estava superior ao preço
brasileiro. Acaba-se, então, buscando o mercado brasileiro para
suprir a demanda internacional”, afirma Lucas Cézar Guzen,
gerente de uma das operadoras que movimenta o produto no porto, a
Cattalini, na nota.
Os principais consumidores do óleo vegetal
exportado pelo Porto de Paranaguá são China e Índia, de acordo com
Guzen. Segundo ele, a expectativa para o ano, porém, é de redução
na exportação dos óleos vegetais, motivada pelo maior consumo
interno com o aumento da mistura do biodiesel no óleo diesel de 11
para 12%.
No segmento de carga geral, 25.077 toneladas de açúcar
em saca foram exportadas para a África em janeiro, gerando aumento
de 17% para o segmento do açúcar em geral, mesmo o produto a granel
tendo registrado queda de 10%. Em igual período do ano passado não
houve nenhum embarque de açúcar ensacado. A operação foi
realizada pela Marcon, no Porto de Paranaguá.Segundo o gerente de
operações da empresa, Jorge Maurício de Lemos, antes os embarques
do açúcar ensacado ocorriam de abril até novembro.
“Porém,
nos últimos anos, houve uma alteração devido às condições
mercadológicas. Hoje o Brasil concorre com a Índia, Tailândia,
Paquistão e Vietnam, países mais próximos das áreas importadoras,
cujos fretes marítimos são mais compensadores. Isso tem afetado
nossos exportadores”, explica.
África e Ásia são os
principais destinos do produto que vem, principalmente, dos Estados
de São Paulo e do Paraná. Em saca, o açúcar exportado pelos
portos paranaenses pode ser granulado ou refinado. Para 2020, é
esperado um bom volume de exportação após uma menor produção na
Índia, segundo o representante da Marcon.