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Preços maiores elevam exportação de soja

02/07/2012 17h45 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Preços maiores elevam exportação de soja

 

As receitas com as exportações do complexo soja do Brasil em 2012 deverão atingir 22,62 bilhões de dólares, de acordo com nova previsão da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que elevou nesta segunda-feira, 2, suas estimativas considerando maiores preços do grão e do farelo.

 

Em junho, a Abiove havia estimado as divisas com os embarques neste ano em 21,7 bilhões de dólares.

Os maiores preços na exportação, em patamares recordes na média para o ano para o grão e farelo de soja, segundo a Abiove, ocorrem após quebras de safras nos três maiores produtores globais (Estados Unidos, Brasil e Argentina).

No caso do Brasil, que teve perdas de cerca de 10 milhões de toneladas na temporada 2011/12, na comparação com a safra anterior, por causa de uma seca, os melhores preços ajudam a compensar parte da queda no volume exportado.

“Compensou as quebras, estamos exportando menos, compensa um pouco através do preço, ajuda a mitigar a queda de receita”, disse à Reuters o secretário-geral da Abiove, Fábio Trigueirinho.

Em 2011, quando a safra foi recorde de cerca de 75 milhões de toneladas, as exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) do Brasil atingiram um recorde de 24,15 bilhões de dólares. O volume exportado de soja cairá na safra atual para 30 milhões de toneladas, ante 33,8 milhões na temporada passada.

A alta na previsão de divisas feita pela Abiove baseou-se somente nos preços, já que o volume a ser embarcado em 2012 permaneceu o mesmo da estimativa do mês passado.

Na projeção nova, a Abiove elevou o preço médio de exportação de soja para 520 dólares por tonelada, ante 500 dólares na previsão anterior e 495 dólares no ano passado.

O preço médio do farelo esperado para 2012 foi elevado para 420 dólares, ante 400 dólares no mês passado e contra 397 dólares em 2011.

“O mercado está firme e a gente vai aos poucos ajustando”, afirmou o executivo, acrescentando que a época é de oferta e demanda mundial de soja apertadas.

“A safra passada acabou quebrando no Brasil, Estados Unidos e Argentina e deixou um nível de dependência grande com a nova safra dos Estados Unidos.”

Ele explicou que mercado internacional está nervoso com temores de eventuais perdas na produção norte-americana deste ano.

“Problema efetivo (nos EUA) ainda não tem nenhum, mas o mercado está sensível…”, destacou ele, ressaltando que o aperto este ano é maior no farelo, uma vez que no caso do óleo há outras matérias-primas alternativas para a produção de óleos comestíveis.

O complexo soja (grão, farelo e óleo) é o principal da pauta de exportações agrícolas do Brasil.

 

NOVA SAFRA

A Abiove ainda não divulgou previsão para a nova safra de soja, que começará a ser plantada em meados de setembro e início de outubro no Brasil. Mas ressalta que os bons preços da oleaginosa poderão impulsionar a produção.

“Isso é bom para o produtor, ele fica capitalizado, ajuda a ter boa produtividade na próxima safra, ele vai ter preocupação de cuidar bem da lavoura…”, disse, acrescentando que todo o mercado está vendo a nova safra “de forma bastante positiva”.

De acordo com o representante da Abiove, apesar de os preços elevados, a “demanda está firme” e a “China está com apetite bastante grande”.

“Nós vamos poder contribuir, o mercado está prevendo safras boas, com expansão de área, mas antes disso ninguém conseguirá antecipar a produção a não ser os EUA”, disse ele, referindo-se ao primeiro grande produtor a colher em 2012/13.

 

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