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Produção de veículos em março tem o menor volume em 16 anos, aponta Anfavea

07/04/2020 00h04 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Produção de veículos em março tem o menor volume em 16 anos, aponta Anfavea Foto: Divulgação

Na comparação em fevereiro a queda foi de 18% nos emplacamentos e nas exportações

Afetadas pelas paralisações que ocorreram por causa do novo coronavírus, as montadoras tiveram, em março, o menor volume de produção para o mês em 16 anos. Foram 190 mil unidades produzidas, em soma que considera os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, segundo apresentação divulgada na segunda-feira (6) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
O resultado só não é menor do que o de março de 2004, quando a produção havia atingido 185,5 mil unidades, segundo dados da série histórica da associação. O volume também se aproxima do de março de 2016, quando foram montadas 200,3 mil unidades, no pior momento da última recessão econômica.
O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, disse que depois de duas semanas de forte atividade no mercado interno, que apontavam para um robusto crescimento, a paralisação gradativa do comércio e das fábricas na segunda quinzena resultou em queda de quase 90% nas atividades do setor. “Tivemos dois momentos bem distintos em março. Até o começo da segunda quinzena, as vendas estavam em alta, com crescimento de 9% no acumulado do ano, em relação ao ano passado. Mas o avanço da pandemia em nosso país foi provocando a interrupção das atividades nas fábricas e nas concessionárias, fazendo com que fechássemos o mês com queda de 8% no acumulado do ano”, explicou.
Segundo o dirigente, mais preocupante é verificar que as vendas despencaram quase 90% das primeiras semanas para as duas últimas, o que projeta um resultado altamente preocupante para abril. “O momento é de priorizar a saúde da população, e todas as nossas associadas estão dando sua contribuição no combate ao coronavírus, seja reparando respiradores, seja produzindo e doando máscaras, ou mesmo cedendo suas frotas vários para as mais diversas finalidades. Mas também é hora de uma conscientização de todas as esferas do governo, bancos e sociedade para criar mecanismos que permitam à cadeia automotiva atravessar esse período de retração com a preservação das empresas e dos empregos”, alertou Moraes.
Atividades essenciais
Ao contrário dos automóveis, ônibus e caminhões, as máquinas agrícolas e rodoviárias ainda observaram um mês positivo, já que a maioria das fábricas funcionou até o começo de abril, e as vendas estavam aquecidas em função da época de colheitas. Na comparação com o mês anterior, as vendas avançaram 46%, as exportações 19% e a produção 15%.
As fabricantes de máquinas agrícolas garantem ter estoque para atender os produtores rurais, atividade considerada essencial, com ou sem pandemia. Outra atividade que permanece a pleno vapor é a de assistência técnica e distribuição de peças para as máquinas, e também para caminhões, de forma que a produção rural e o transporte não sejam prejudicados neste momento tão delicado do país.

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