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Redução pode levar R$ 10 bilhões para consumo

28/04/2012 13h24 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Redução pode levar R$ 10 bilhões para consumo

 

A redução das taxas de juros nas operações de crédito, anunciada nas últimas semanas pelos principais bancos do país, pode liberar entre R$ 8,5 bilhões e R$ 10 bilhões na economia, de acordo com o assessor econômico da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), Fabio Pina.

 

O valor representa cerca de 1% do total das vendas no varejo projetadas para este ano pela Fecomercio-SP, de R$ 850 bilhões. Ainda de acordo com Pina, se a redução do spread bancário (diferença entre taxa de captação pelos bancos e a cobrada dos clientes) continuar neste mesmo ritmo nos próximos 10 anos, cerca de R$ 84 bilhões podem ser liberados para o consumo.

Entretanto, mesmo com a redução, o spread bancário ainda deve continuar em níveis elevados. “Mesmo que haja uma queda de 10 pontos percentuais em 10 anos, o spread ainda ficaria em níveis altos”, diz Pina.

 

QUEDA DA SELIC – A Fecomercio-SP ressalta que a redução da Selic (taxa básica de juro) é importante para que o governo continue pressionando as instituições financeiras por uma redução do spread bancário e do custo do crédito para pessoas físicas.

O presidente da Acisc (Associação Comercial e Industrial de São Carlos), Alfredo Maffei Neto, afirma que a queda dos juros não é uma medida boa somente para o consumo. “Na verdade pagávamos juros exorbitantes no cartão de crédito e no cheque especial. A medida foi muito positiva e puxada pelo Banco do Brasil e pela Caixa. Muitos brasileiros quebravam devido aos juros cobrados. Agora a situação é outra. Com a economia que haverá com os juros menores poderemos carrear recursos para o consumo. Até porque deverá também haver queda nos juros do crediário”.

“Certamente, a taxa atual ainda é muito elevada em relação ao resto do mundo, mas ao menos o BC demonstra boa vontade em trazê-la para patamares mais razoáveis”, disse a Maffei sobre a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de reduzir a Selic para 9% ao ano.

 

Economista vê “civilização” nas taxas de juros

 

O economista da Uniara, Eduardo Róis Morales, afirma que a redução de juros pelos bancos oficiais foi uma medida positiva que está causando consequências muito interessantes para vários segmentos da economia nacional. Ele ressalta que o governo deveria ter tomado tais medidas há muito tempo.

 

“Estamos assistindo à uma civilização forçada das taxas de juros bancários sem precedentes. O governo utilizou o caminho correto, através dos bancos que tem, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Esta medida forçou um efeito dominó nas demais instituições bancárias privadas”.

De acordo com o especialista, a redução dos juros e o aumento de recursos para o consumo se dão justamente num momento em que o Brasil vivia uma breve desaceleração da economia. “Além disso, as medidas tornam as taxas de juros e os spreads mais civilizados, não tão exagerados como antes. A diferença entre o que banco paga para quem aplica dinheiro e para quem toma emprestado era de10 a20 vezes mais, o que é um total absurdo”.

Para Róis Morales, além de todos os demais aspectos positivos da medida, há ainda de se destacar que elas seguram um pouco o ganho excessivo dos bancos brasileiros. “Todo ano assistíamos a novos recordes nos lucros das instituições financeiras. A concorrência entre os bancos também é algo muito bom. Assim, vamos assistir a queda de juros para financiamentos imobiliários, de automóveis e também no sistema de crédito, o que será excelente para o consumidor”.

 

 

 

 

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