Resolução da Contran pouco afeta negócios de pneus reformados
Em vigor desde 6 de abril de 2011, a resolução 376 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que proíbe o uso de pneus reformados em ciclomotores, motonetas, motocicletas e triciclos teve pouco efeito em São Carlos neste ano e meio de vigência. “Havia uma procura razoável de pneus ressolados e remoldados aqui, mas longe da procura de Araraquara ou Ribeirão”, diz um funcionário da AG Motopeças. Segundo ele, o que explica a baixa procura é o fato de São Carlos não ter o serviço de moto táxis: “Eram eles os grandes consumidores desses pneus”.
Segundo o funcionário, outro fator que contribui para que a proibição do Conselho Nacional de Trânsito pouco afetasse os negócios foi a entrada de pneus chineses no mercado brasileiro mais ou menos no mesmo período: “O preço é mais ou menos o preço do reformado, e isso é outro motivo para não termos sentido tanto”, diz.
“Não sentimos muito essa proibição”, afirma Cilemar dos Santos Silva, gerente da Silcar Pneus. “São Carlos fica bem localizada, e os preços de pneus importados novos, e mesmo dos nacionais novos, são competitivos. Não valia a pena o reformado. Talvez cidades menores tenham sofrido mais”, afirma.
O funcionário de outra empresa com quem conversamos afirmou que nunca comercializou pneus reformados em razão da dificuldade de fornecer a garantia do produto.
Segundo o funcionário da AG Motopeças, a qualidade e a durabilidade dos ressolados superavam a do produto chinês: “O pneu da China roda em geral 9 mil quilômetros, enquanto o ressolado chega a rodar 14 mil quilômetros”, afirma.
O preço de um pneu reformado custava entre R$ 50,00 e R$ 55,00, enquanto que o produto chinês está entre R$ 60,00 e R$ 78,00.