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Tesouro mostra que pode atuar no mercado

08/03/2012 17h11 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Tesouro mostra que pode atuar no mercado

O Tesouro Nacional mostrou que está alinhado com o governo para enfrentar a “guerra cambial” e conter a excessiva valorização do real. O secretário do órgão, Arno Augustin, indicou nesta quinta-feira, 8, que pode ir a mercado para adquirir mais 7,5 bilhões de dólares para quitar o vencimento integral da dívida externa que vence até 2015, ou até mesmo mais longe, a partir de 2016. Também podem vir emissões externas em real.

O Tesouro já possui 7,4 bilhões de dólares em caixa para pagar 49 por cento da dívida externa a vencer até 2015, como consta no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2012, divulgado nesta quinta-feira. Neste momento, a dívida externa brasileira vencendo nos próximos quatro anos é de aproximadamente 15 bilhões de dólares.

“Não consideramos que haja limites. Se acharmos que é o caso de irmos mais rápido, podemos ir. Se for necessário, podemos comprar mais (títulos)”, afirmou o secretário, ao comentar o Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro de 2012.

A atuação do Tesouro no mercado pode ocorrer a qualquer momento, constituindo-se em mais uma arma do governo contra a valorização cambial.

Segundo Augustin, o prazo dos títulos para a recompra antecipada pode ultrapassar o limite atual de 2015 e abranger também os papéis que vencem a partir de 2016.

“O governo pode alongar o prazo de recompra de títulos para um prazo superior a quatro anos para impedir valorização excessiva do real”, comentou o secretário.

O governo tem atuado com força para evitar mais altas do real frente ao dólar, como as intervenções do Banco Central no mercado cambial e limitações em financiamento à exportação. Até mesmo a presidente Dilma Rousseff já afirmou que, se necessário, o governo tomará novas medidas para impedir esse movimento.

Para efetivar essa possível atuação, o Tesouro terá, no entanto, que aprovar no Conselho Monetário Nacional (CMN) pedido de ampliação do prazo atual de quatro anos para a recompra antecipada. Augustin disse que o critério será a maior ou menor volatilidade do câmbio, negando-se a quantificar qual o montante total dos dólares que podem ser adquiridos.

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