Venda de combustíveis no Brasil cresce 2,89% em 2019
Em 2019, 140 bilhões de litros de combustíveis foram
vendidos no mercado brasileiro. O volume representa um aumento de 2,89% na
comparação com 2018, quando foram comercializados 136 bilhões de litros. Os
dados foram apresentados no Seminário de Avaliação do Mercado de Combustíveis
realizado nesta última terça-feira (18), no Rio de Janeiro, pela
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O maior aumento proporcional ocorreu no comércio de etanol hidratado, que subiu
16,2% em 2019. “O crescimento foi motivado, em grande parte, pelo ganho de
competitividade em relação à gasolina C”, pontua a ANP em nota.
A gasolina C é aquela com adição de etanol anidro vendida aos postos revendedores
e em seguida ao consumidor final. Sua comercialização teve, no ano passado,
retração de 0,56% na comparação com 2018. O etanol anidro (misturado à
gasolina) também teve essa ligeira queda de desempenho. A redução das
vendas foi igualmente de 0,56%.
De outro lado, houve crescimento de óleo diesel B (2,97%) e biodiesel (8,61%).
Nesse segundo caso, o aumento já era esperado. Em setembro do ano passado, a
ANP aprovou um aumento
do percentual de adição de biodiesel ao óleo diesel.
Segundo o diretor da ANP, Felipe Kury, a expectativa é que a tendência de
crescimento se mantenha em 2020 e acompanhe a economia do país. “Se a
economia crescer a 2 ou 3%, você terá o reflexo disso na venda de
derivadas. Não tenho dúvidas disso. A principal preocupação são os gargalos de
infraestrutura. Não é tanto a oferta de produto. Será que a infraestrutura
logística suporta um crescimento de 2 a 3%? Será que portos, ferrovias,
rodovias estão preparados para escoar a produção? Essa é uma questão importante,
mas acho que o governo está tratando disso com bastante afinco e
dedicação”, disse.
Outros produtos
Os dados da ANP também revelaram uma queda na comercialização de gás liquefeito
de petróleo (GLP) de 0,3%. Também houve redução, de 2,57%, nas vendas de
querosene de avião. A ANP avalia que as suspensões das operações da
Avianca no Brasil impactaram nos negócios.
O óleo combustível também sofreu queda, de 18,25%. “Saiu de 2,312 bilhões
de litros para 1,890 bilhões de litros em função da continuidade do processo de
substituição tecnológica por combustíveis mais limpos”, diz a ANP.