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Vendas do comércio varejista caem 0,1%

Cinco das oito atividades do varejo avançam em novembro ante outubro; setor ainda está 7,3% acima do patamar pré-pandemia

17/01/2021 18h12 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
Vendas do comércio varejista caem 0,1% Foto: Agência Brasil

O volume de vendas do comércio varejista nacional caiu 0,1% em novembro de 2020. Apesar da estabilidade, o recuo interrompeu o ritmo de seis meses consecutivos de crescimento com ganhos acumulados de 32,2%. Se comparado ao mesmo mês do ano anterior, há uma desaceleração. Saiu de alta de 8,4% em outubro para 3,4% em novembro. Ainda assim, o setor está 7,3% acima do patamar pré-pandemia.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE, que apontou a queda no consumo de alimentos como principal responsável por frear a sequência de altas do setor.

Cinco das oito atividades investigadas cresceram em relação ao mês anterior. Livros, jornais, revistas e papelaria (5,6%), tecidos, vestuário e calçados (3,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,0%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,4%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,2%), setor com peso de cerca de 45% no índice geral.

Para o gerente da PMC, Cristiano Santos, as quedas de 2,2% em relação a outubro e de 1,7% em relação a novembro de 2019 no volume de vendas dessa atividade refletem a inflação. Combustíveis e lubrificantes (-0,4%) e Móveis e eletrodomésticos (-0,1%) também caíram.

“Se olharmos, por exemplo, para a receita das empresas dessa área [hipermercados], houve um declínio de 0,8%. E a diferença entre a receita e o volume de vendas demonstra um aumento de custos. Mas, além disso, é comum que o consumidor, quando tem uma queda de renda ou do seu poder de compra, passe a comprar menos produtos que não são essenciais e a optar por marcas mais baratas”, disse.

Em movimento diferente, as atividades de outros artigos de uso pessoal e doméstico, principalmente as lojas de departamento, e de artigos farmacêuticos, medicinais, ortopédicos e de perfumaria, foram as únicas que apresentaram crescimento tanto em relação ao mês anterior quanto em relação a novembro de 2019.

“As lojas de departamento foram alguns dos comércios mais impactados pelas medidas de fechamento adotadas no início da pandemia, já que têm mais facilidade de apelo ao consumo por meio das prateleiras das vastas lojas físicas. Assim, com a reabertura do comércio, essa atividade vem apresentando forte crescimento, registrando em novembro alta de 1,4% frente a outubro e 16,2% frente ao mesmo período de 2019”, explicou.

Santos destacou que o resultado do período sofreu influência da promoção Black Friday, que impactou principalmente as atividades de outros artigos de uso pessoal, móveis e eletrodomésticos, além de equipamentos de escritório, informática e comunicação. “Nesse novembro, essas duas primeiras atividades tiveram um desempenho bem superior ao do ano anterior, ao contrário dos equipamentos de escritório e informática, que ficaram 9,9% abaixo do mesmo período de 2019. Esses resultados também refletem o fato de as pessoas estarem ficando mais em casa”, observou.

Móveis e eletrodomésticos (11,6%) e artigos farmacêuticos, medicinais, ortopédicos e de perfumaria (7,7%) são as atividades que somam maiores índices no comércio varejista no acumulado de 2020. No período, o índice geral apresentou alta de 1,2%.

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