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Final de Ano

17/12/2020 14h05 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
Final de Ano

 

A que ponto chegamos?

Bom seria poder dizer que chegamos a algum ponto. Ponto final de um ano sofrido, que causou transformações sem precedentes e definitivas na nossa maneira de viver. Mas, por mais que o ano esteja chegando ao fim, ainda não vemos um ponto – vemos uma vírgula, talvez. Uma pausa festiva que, para muitos, é sinônimo de esperança, de renovação.

Mas por que será?

Alguém aí estudou História e saberia explicar essas representações? Eu não sei ao certo, mas tenho um palpite: imagino que assim como se sucedem as estações do ano, fazendo alternarem-se os momentos de seca e de chuva, de espera e de colheita, também o ser humano aprendeu a organizar-se em ciclos, sabendo pela experiência que, mesmo depois de invernos severos, vem a primavera.

Talvez seja por isso que se nutre tanta expectativa a respeito de novos anos que se iniciam. Faz-se da virada um tempo de celebração. Até mesmo tratando-se de um ano ruim, pois afinal, acabou.

E o que podemos esperar do próximo ano?

Existe qualquer garantia de que ele será melhor do que este? Pois bem, queria poder dizer que sim, mas isso não teria qualquer garantia.

A única forma de 2021 ser melhor é se as pessoas que nele viverem estiverem dispostas a isso.

Bom seria delegar a forças extraordinárias o poder de mudar o futuro a despeito das nossas ações. Seria confortável, fácil e…irresponsável. Sim, irresponsável. Palavra dura de ouvir.

Mas de fato, se pudesse resumir em uma palavra o que o ano de 2020 representou para mim, seria responsabilidade. Por não ser do grupo de risco, assim como a maior parte da população brasileira, conviver com o novo coronavírus foi pensar nas pessoas ao meu redor, a todo tempo, sabendo que eu poderia sair ileso, elas, talvez não.

Foi responsabilidade, foi altruísmo.

Altruísmo, pra quem nunca ouviu esta palavra, seria o oposto do egoísmo, ou seja, a capacidade de colocar-se em segundo lugar, de preocupar-se com o outro gratuitamente. Não devemos ser assim o tempo todo, mas em tempos de tanto individualismo, não tenha medo de passar do ponto.

O ano de 2021, recordo, só será melhor se nós tivermos mudado.

Portanto, faço votos de que você faça parte dos votos que vai fazer no dia 31. Se desejar mais amor, que, em 2021, você ame primeiro. Se desejar um recomeço, acorde recomeçando, fazendo algo diferente, optando por novos caminhos. Se desejar prosperidade, que você saiba estender a mão a quem precisa, pois não iremos a lugar algum sozinhos.

Se houver expectativas de um ano melhor, faça parte disso, seja a primavera que sucede o inverno.

Já dizia Fernando Pessoa: Segue o teu destino, rega as tuas plantas. Ama as tuas rosas. O resto é a sombra de árvores alheias.

Boas festas e um grande abraço!

Elói B. Doltrário

CRP 06/158865

www.eloidoltrario.com.br

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