Ciclismo BMX vai em busca de medalha
Animado pela medalha de prata conquistada no Rio 2007 – Ana Flávia Sgobin conseguiu a façanha – e pelos recentes resultados obtidos em competições internacionais, o ciclismo BMX do Brasil quer superar os obstáculos que terá pela frente nos Jogos Pan-americanos Guadalajara 2011 para voltar a garantir um lugar no pódio. A disputa da modalidade ocorre nesta sexta-feira, 21, no CODE San Nicolás, e a expectativa é otimista tanto para a equipe masculina quanto para a feminina.
Renato Rezende, por exemplo, conquistou o Mundial Cruiser de 2010, o Campeonato Pan-americano de 2008 e o Sul-americano de 2010. Aos 20 anos, é considerado a principal promessa do BMX Brasileiro. Para brilhar também em Guadalajara, ele fez uma preparação específica para os Jogos, além de ter passado quatro meses treinando na sede da União Ciclística Internacional (UCI), na Suíça. “Evolui mais nesse período do que em dez anos como ciclista. A estrutura lá é de primeira linha e ainda tive a oportunidade de conviver com atletas de outros países”, explicou Renato, que dividirá com Deivlim Balthazar a responsabilidade de brigar pelo pódio.
No feminino, Squel Stein aparece como a mais cotada a levar o Brasil a uma medalha. Determinada e disposta a se tornar mais competitiva, há dois anos decidiu arrumar as malas para treinar em Orlando, nos Estados Unidos, onde seu antigo treinador mantinha uma equipe. O treinamento tem sido importante técnica e psicologicamente. Bom exemplo disso aconteceu na 4ª etapa da Copa do Mundo, entre os dias 29 de setembro e 1 de outubro, em Chula Vista, nos Estados Unidos. Squel fazia uma boa prova quando se envolveu em um acidente. Ainda assim, teve força e determinação suficientes para se manter na disputa e terminou na oitava colocação. Naiara Silva será a outra representante do Brasil nos Jogos.
A equipe brasileira de BMX está consciente de que a disputa em Guadalaja será acirrada, já que as principais forças da modalidade mandaram seus times titulares para a competição. “O Pan-americano é um evento importante. Por isso, todos os países vieram com o que têm de melhor. Vários campeões mundiais estarão na disputa. Entre eles, o americano Connor Fields, a colombiana Mariana Pajon e a argentina Gabriela Diaz”, comentou o treinador da equipe brasileira, Guilherme Pussieldi.
A chave do sucesso na prova é a largada. “Uma boa largada é mais do que meio caminho para garantir um bom resultado. Quem chega na primeira curva na frente, leva vantagem. A partir daí, é se manter atento para proteger a curva, sem cometer erros”, explicou Guilherme, lembrando que o regulamento da disputa proíbe o ciclista de olhar para trás para ver onde se encontra seu adversário.
O congresso técnico do BMX, realizado nesta quinta-feira, 20, definiu a fórmula de disputa da competição em Guadalajara. No masculino, os ciclistas serão divididos em grupos de sete ou seis competidores. Cada um deles participará de três baterias. Os quatro melhores de cada grupo passam às semifinais, que terão dois grupos de seis ciclistas. Os três melhores de cada grupo vão para a final. No feminino, serão dois grupos de cinco competidoras. As três melhores de cada um deles vão direto para a final.
O Brasil está de olho também em Londres 2012. Por isso, tem participado de várias competições internacionais para acumular pontos e subir no ranking mundial. Atualmente, está em 14º lugar no masculino e em 10º, no feminino. “Os 11 países mais bem classificados no ranking masculino têm classificação garantida para as Olimpíadas. No feminino, são os 7 melhores. Além disso, o Campeonato Mundial de Birmingham, em maio, na Inglaterra, classificará mais seis atletas no masculino e três no feminino para Londres”, informou o treinador. (cob.org.br){jcomments on}
