Fluminense mantém empregos de todos os trabalhadores
Dirigente tricolor tomou caminho diferente de Vasco e Flamengo
Diferente de outros clubes do Rio de Janeiro, como Vasco e
Flamengo, o Fluminense escolheu não demitir nenhum funcionário em meio à crise
causada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). Em uma live no Instagram
com o juiz do trabalho Marcos Dias de Castro, o presidente do Tricolor carioca,
Mário Bittencourt (advogado especializado em ações trabalhistas envolvendo
clubes e jogadores de futebol) explicou os meandros desta escolha.
“Durante 18 anos fiquei na ponta onde estouram os problemas, vendo o clube ser
condenado em centenas de verbas justamente por não ter paciência para
negociar”, afirmou Mário, que disse que todos os atletas assinaram um acordo e
houve uma assembleia por videoconferência dirigida pelo sindicato.
Segundo o dirigente tricolor, só foi possível a preservação dos empregos porque
os que ganham mais aceitaram reduzir os vencimentos. “Tivemos um movimento
bacana logo que paralisou o clube: nossos gerentes e diretores mandaram uma
carta para mim propondo uma redução dos próprios salários em função das pessoas
menos favorecidas”, declarou Mário, reiterando que até o momento não houve
nenhuma demissão desde a paralisação do futebol em meados de março.