Fórmula 1 pode ter mais alterações no calendário com corridas canceladas
Outra modalidade
que vive pesadelos financeiros com o novo coronavírus é a Fórmula 1. Até agora
oito etapas do calendário foram afetadas pela pandemia, duas delas desmarcadas.
O campeonato só deve começar em junho e ter pela frente mais alterações na agenda
e discussões sobre acordos para compensar as perdas pelos cancelamentos.
A preocupação da categoria é resolver as brigas com os organizadores locais dos
GPs e as insatisfações das equipes. Cada etapa paga em média R$ 160 milhões por
ano para a Fórmula 1 como taxa de promoção, valor que não é recebido em caso de
cancelamento. Outro impacto de tirar as provas do calendário é sacrificar as
escuderias, que dependem das corridas para fazer campanhas com patrocinadores e
ganhar premiações.
“Precisamos conversar com a F-1 sobre o seguro das corridas
canceladas”, disse na Austrália a chefe da Williams, Claire Williams. A
corrida foi desmarcada e a organização terá de revolver o dinheiro do ingresso.
A Fórmula 1 tem sido cuidadosa para anunciar as decisões de calendário e
prefere tratar as provas como adiadas, para não ter problemas contratuais com
patrocinadores e bilheterias. Procurada, a categoria não respondeu contato do Estado. Um dos GPs com o maior risco de ser
afetado é o da Itália, em Monza. O circuito fica no norte do país, região
castigada pela pandemia. É possível que o calendário seja prolongado até o
final de dezembro.