Libertado da prisão nos EUA, Marin desembarca no Brasil após cinco anos
Libertado da prisão
antes do fim da pena por ser do grupo de risco do novo coronavírus, José Maria
Marin chegou na manhã deste último domingo (05) no Brasil. O ex-presidente da
CBF, de 87 anos, desembarcou no Aeroporto de Viracopos, em Campinas.
Ele estava preso desde o fim de maio de 2015, inicialmente na Suíça e depois
nos Estados Unidos (parte da prisão foi domiciliar), onde foi condenado por
corrupção. Assim, ficou cerca de cinco anos afastado do País.
O ex-dirigente conseguiu durante a semana o direito à liberdade antes do
cumprimento total da pena de quatro anos a que fora condenado. Em sua decisão,
a juíza Pamela K. Chen listou entre os motivos para soltar o brasileiro a sua
“idade avançada, saúde significativamente deteriorada, risco de graves
consequências para a saúde devido ao atual surto de covid-19, status de crime
não violento e cumprimento de 80% de sua sentença original”.
Marin estava detido em uma penitenciária federal de Allenwood, na Pensilvânia
junto a outros 1.300 presos. Ele foi condenado pelos crimes de organização
criminosa, fraude bancária e lavagem de dinheiro cometidos no período em que
presidiu a CBF, de 2012 a 2015, acusado de ter recebido U$ 6,5 milhões (mais de
R$ 34,7 milhões pelo câmbio atual) de propina para assinar contratos de
direitos comerciais da Libertadores, Copa do Brasil e Copa América.
A Justiça dos EUA condenou Marin a pagar US$ 1,2 milhão (R$ 6,4 milhões) e
confiscou mais US$ 3,3 milhões (R$ 17,6 milhões) do brasileiro. Já a Fifa baniu
Marin do futebol e aplicou multa de 1 milhão de francos suíços (R$ 5,5
milhões).