Peres consegue efeito suspensivo no STJD e retoma funções no Santos
O presidente do
Santos, José Carlos Peres, teve êxito nesta última terça-feira, 12, em seu
pedido de efeito suspensivo para reassumir as suas funções à frente do clube.
Na última sexta-feira, ele havia sido punido com 15 dias de gancho em
julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por causa de
declarações contra a arbitragem do Campeonato Brasileiro, insinuando
favorecimento ao Flamengo, e ao uso do VAR.
Ainda não há uma data definida para um novo
julgamento de Peres, que assim volta a estar liberado para exercer as suas
funções no âmbito esportivo à frente do Santos – ele e seus assessores
jurídicos defendem que ele sempre pôde atuar administrativamente, mesmo com a
punição imposta pelo tribunal.
“Relator sorteado para acompanhar o
processo envolvendo o presidente do Santos, José Carlos Peres, o Auditor José
Perdiz deferiu o pedido de efeito suspensivo ao mandatário na noite desta
terça, dia 12 de novembro. Com o deferimento, Peres está liberado para exercer
suas atividades no clube até o julgamento do recurso no Pleno do STJD do
Futebol”, anunciou o STJD.
A suspensão de Peres levou Orlando Rollo a
tentar agir como presidente na última segunda-feira. Depois de fazer seu
retorno ao clube, o dirigente que foi eleito para a vice-presidência, realizou
mudanças no Comitê de Gestão, trocando quatro membros. Posteriormente, Peres
assegurou ignorar as ações do vice e afirmou ter sido vítima de uma
“tentativa de golpe”. O efeito suspensivo do STJD, portanto, encerra
qualquer impasse jurídico sobre a validade das decisões de Rollo.
Rollo estava licenciado da vice-presidência
desde janeiro, mas retomou suas funções depois de protocolar documento no
Conselho Deliberativo do Santos. E o retorno se deu após os membros do conselho
considerarem ilegal, em reunião realizada na semana passada, a portaria de
Peres que destituía o vice das suas funções e o levou a se afastar do seu cargo.
A chapa de Peres e Rollo foi eleita para um
mandato até o término de 2020 no fim de 2017. No ano passado, no entanto, eles
romperam durante o processo de impeachment do presidente, que acabou sendo
mantido no cargo em votação com a participação dos sócios.