Rogerinho quer ouro no individual
Rogério Dutra e Ana Clara Duarte derrotaram Roman Recarte e Adriana Perez, da Venezuela, e garantiram a medalha de bronze no torneio de duplas mistas do tênis dos Jogos Pan-americanos Guadalajara 2011. Em jogo disputado até os últimos minutos desta sexta-feira, 21, a parceria brasileira precisou de muita determinação e tranquilidade para fechar o placar em 2 sets a 1, parciais de 7/6 (7/4), 5/7 e 11/9.
Pouco antes da briga pela medalha de bronze, Rogério Dutra já havia vencido sua batalha mais dura em Guadalajara 2011 e foi recompensado com a garantia de mais uma medalha para o tênis brasileiro nos Jogos Pan-americanos. O tenista se classificara para a final da chave de simples ao derrotar o equatoriano Julio Cesar Campozano por 2 sets a 1, parciais de 6/4, 6/7 (5/7) e 7/5, em 2h56m de jogo. Com o resultado, ele pode se tornar o terceiro representante do país, de forma consecutiva, a conquistar a medalha de ouro da competição – Fernando Meligeni foi campeão em Santo Domingo 2003 e Flavio Saretta venceu no Rio 2007. “É muito bom poder defender o tricampeonato do Brasil e tentar repetir as conquistas de caras como Meligeni e Saretta. Claro que é uma responsabilidade, mas é uma responsabilidade gostosa”, disse após a partida.
Depois de vingar a derrota do brasileiro João Souza, o Feijão, para Campozano, Rogerinho agora enfrenta o colombiano Robert Farah em busca do lugar mais alto do pódio. Na outra semifinal do torneio, Farah bateu o dominicano Victor Estrella, algoz do brasileiro Ricardo Mello. Os dois se enfrentam neste sábado, 22, às 16h (19h de Brasília).
Rogerinho entrou em quadra com força total e de cara quebrou o saque de Campozano. Com bom aproveitamento do primeiro serviço, o brasileiro conseguiu manter a vantagem durante toda a parcial e só foi ameaçado pelo equatoriano quando sacava para fechar o set. Campozano, entretanto, desperdiçou os dois break points que teve no décimo game e não conseguiu evitar a vitória de Rogério por 6/4.
No segundo set, a eficiência no saque continuou fazendo a diferença para o brasileiro, mas Campozano também não deu brechas em seus games de serviço. Até que, no nono game, veio a oportunidade de ouro do brasileiro. Com dois break points contra, o equatoriano soltou demais o braço e mandou a bola fora. Com 5/4 no placar e sacando para fechar o jogo, Dutra Silva viu Campozano devolver a quebra e deixar tudo igual na parcial. Em um equilibrado tie-break, o equatoriano levou a melhor e fechou em 7/5.
O terceiro set foi equilibrado do início ao fim, debaixo do sol forte de Guadalajara. Mas um momento se mostrou decisivo. No décimo game, com 5/4 para o equatoriano, que sacava para fechar, a partida estava em 30 a 30. Campozano pontuou e teve um match point. Rogerinho, então, reclamou que a bola estaria murcha. O juiz concordou e voltou o ponto. Novamente empatado, Rogério Dutra Silva conseguiu quebrar o saque do equatoriano, reequilibrar a partida em 5/5 e sacou para fazer 6/5. O lance deu moral ao brasileiro, que com nova quebra fechou o set em 7/5 e a partida, em 2 a 1.
“Nossa, que jogo foi esse? Hoje me senti melhor em quadra do que nos outros dias, mas fiquei um pouco nervoso para fechar o jogo. Estava com 5/4 e saque e deixei escapar, depois abri 5/3 no tie-break e também não fechei. Mas batalhei até a vitória vir e não desisti nunca. Estou feliz por ter vingado o Feijão, que é um grande amigo”, disse. (cob.org.br)
Foto: Divulgação/Vipcomm{jcomments on}
