Acusados de matar pedófilo seguem foragidos
De acordo com a DIG de São Carlos (SP), quatro pessoas estão sendo apontadas pela autoria do crime, e três delas já tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça
Os autores pelo crime de execução, ocorrido no mês de agosto
do ano de 2019, contra o metalúrgico Leizer Buchiwiser dos Santos, apontado nas
apurações do crime, que foram realizadas pela Delegacia de Investigações Gerais
(DIG) como ‘pedófilo’, seguem sendo procurados pela Polícia Civil de São Carlos
(SP).
Até o momento, após a representação judicial feita pelo delegado titular da
referida delegacia especializada, Gilberto de Aquino, duas mulheres e um homem
já tiveram as suas prisões preventivas decretadas pela Vara Criminal da Comarca
de São Carlos (SP), podendo ainda ocorrer a representação contra uma quarta
pessoa, sendo ela um homem, que pode ter auxiliado na morte do pedófilo.
De acordo com Gilberto de Aquino, delegado a frente das investigações, um
intenso trabalho investigativo foi feito por sua equipe, com o intuito de
apurar os motivos pelo qual ocorreu a execução e quem seriam os autores do
delito, onde no decorrer das atuações, foi apurado que Leizer Buchiwiser dos
Santos, costumava marcar programas sexuais através das redes sociais, e em tais
ocasiões, quanto marcava os referidos encontros, sempre perguntava para a
pessoa contratada para o ato, se a mesma não teria crianças ou filhos, que
pudessem se envolver na relação.
Com base em tais informações, a autoridade policial ouviu por algumas pessoas e
testemunhas, onde foram relatados os fatos, confirmando a atitude da vítima, e
apontando a preferência da mesma por crianças, sendo afirmado ainda, que o
mesmo pagava a mais pelos programas sexuais, quando ocorria o envolvimento de
menores nos atos.
Em um período antes de sua morte, Leizer Buchiwiser dos Santos, teria mantido
contato com uma mulher, no mesmo dia em que ocorreu o crime, e teria na
ocasião, agendado um encontro com a mesma pelo valor de R$ 500, e ao ser
questionada pelo metalúrgico durante as conversas que eram mantidas entre as
partes, sobre alguma criança que pudesse se envolver com o mesmo, a mulher
afirmou que teria, e que a menor seria sua filha, pegando em ato continuo
emprestado a sua sobrinha, uma menina de 3 anos de idade, alegando para a
cunhada que levaria a menor para comer um lanche, e deslocou em ato continuo ao
local do encontro.
Sendo o fato combinado com um irmão, que é o pai da criança e não convive com a
genitora da mesma, em ato continuo o rapaz convidou para o crime outro irmão e
também a sua namorada, e tomaram destino ao local de encontro, onde na chegada
do metalúrgico a uma residência localizada na Rua Carlos Marra, o mesmo ao
ingressar para dentro da moradia já foi recepcionado pelas mulheres, sendo a
acusada e a cunhada, que estariam também na companhia da criança.
Em tal momento, as mulheres passaram a proferir xingamentos contra o rapaz e
apossaram-se do dinheiro do mesmo, onde diante do fato, Leizer Buchiwiser dos
Santos reagiu e desferiu agressões contra uma das acusadas, e ao presenciar aquela
atitude, ocorreu a intervenção dos homens, que em posse de uma faca desferiram
golpes contra o pedófilo, que não resistiu aos ferimentos e morreu no interior
da residência.
Utilizando do automóvel de propriedade do metalúrgico, ambas as mulheres foram
até a residência da mãe da criança, e convidaram a mesma para ir até um posto
para a aquisição de combustível, onde depois de adquirir o referido material,
as acusadas deixaram a genitora e a criança novamente na moradia, tomando
destino a área rural, nas proximidades da Capela de Nossa Senhora de Aparecida
da Babilônia, desovando o corpo do pedófilo, que foi deixado com mãos e pés
amarrados por tal local.
Em ato continuo, as mulheres foram com o carro até a região da Água Fria, e
atearam fogo no veículo se evadindo após com destino ignorado.
No dia 30 de agosto, diante do desaparecimento do rapaz, os familiares foram
até uma unidade da Polícia Civil de São Carlos (SP) e registraram um Boletim de
Ocorrência. No decorrer do dia 01 de setembro, um domingo, um sitiante acabou
localizando o corpo da vítima, e de imediato acionou via 190 a Polícia Militar.
De acordo com Gilberto de Aquino, os envolvidos no crime queriam apenas
extorquir o pedófilo, porém durante o encontro que foi ‘armado’, com a reação
da vítima mediante as agressões contra as mulheres, acabou ocorrendo a sua
execução.
Diante dos fatos, o caso foi representado junto à Justiça como latrocínio,
roubo seguido de morte, onde em tal circunstância, foi acatado pela prisão
preventiva de três dos quatro acusados, podendo ocorrer o mesmo com o quarto
envolvido no crime.