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DIG indicia dupla de vigilantes por morte de marceneiro no Assentamento Nova São Carlos

Ismael Gomes, 44 anos, foi baleado no momento em que ele na companhia de sobrinhos, furtava farelo de soja de composição de trem

23/02/2021 06h17 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
DIG indicia dupla de vigilantes por morte de marceneiro no Assentamento Nova São Carlos Fotos: Divulgação / DIG de São Carlos (SP)

Uma dupla de vigilantes terceirizados, que presta serviços para a empresa Rumo Logística, foi indiciada pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de São Carlos (SP), através do delegado de polícia, Gilberto de Aquino, como autores de um crime de homicídio consumado, ocorrido durante um ato de furto qualificado de farelo de soja, no mês de dezembro do ano de 2019, no trecho de linha férrea situado nas proximidades do Assentamento Nova São Carlos, área rural do município, que acarretou na morte do marceneiro de 44 anos, Ismael Gomes.

A reconstituição do crime, envolvendo a equipe da delegacia especializada do policiamento judiciário, além da Polícia Técnico-Científica, testemunhas e os funcionários da terceirizada de segurança, prestadora de serviços para a empresa Rumo Logística, e que estariam envolvidos no caso, ocorreu no final da tarde da última segunda-feira (22), fazendo com que o caso fosse esclarecido.

De acordo com as informações concedidas pela Polícia Civil de São Carlos (SP), Ismael Gomes e dois sobrinhos, haviam ido até uma área de manobra de composições de trens, no trecho de linha férrea ao lado do assentamento, com o intuito de praticar um furto de farelos de soja, onde na ocasião, ao notarem os vagões parados, o marceneiro e um dos familiares subiram em uma das composições, quando durante o ato o trem passou a se movimentar, e na sequência, no lado oposto à composição, tiros passaram a ser desferidos em direção do trio.

Ismael Gomes, acabou ficando para trás durante a fuga dos dois sobrinhos, e posteriormente teve o corpo encontrado sobre a linha férrea, parcialmente dilacerado, aparentando ter sido atropelado pela composição. Diante dos fatos, a Polícia Militar foi acionada e uma equipe do RPP (Rádio Patrulhamento Padrão), realizou a preservação da área até a chegada da Polícia Técnico-Científica, e ao término dos procedimentos periciais, o corpo do marceneiro foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) de São Carlos (SP), e o fato foi registrado em Boletim de Ocorrência como Morte Suspeita no Plantão da Polícia Civil.

Durante a atuação da equipe legista para a constatação da causa morte, foi apontada uma hemorragia interna traumática, além de anemia aguda, ocasionada por disparo de arma de fogo, sendo um ferimento encontrado no corpo, além das lesões causadas pelas rodas da composição de trem.

Segundo as versões das testemunhas, sobrinhos do marceneiro que estariam junto da vítima no momento do ocorrido, os disparos de arma de fogo foram efetuados por dois homens vestidos de preto, que tinham na altura do peito, um emblema semelhante ao da terceirizada de segurança, que presta serviços para a empresa de logística e estariam ao lado oposto da composição.

Questionados, de acordo com o delegado de polícia, os dois vigilantes negaram os tiros, afirmando que somente se deslocaram até o local dos fatos, a fim de verificar o encontro do corpo de um homem.

A autoridade de polícia, ressaltou que mesmo não sendo possível a realização de um confronto balístico do projétil encontrado no corpo do marceneiro com os armamentos da dupla de funcionários, os vigilantes seriam os únicos que estariam pelo local em tal ocasião, acreditando que os tiros podem ter sido efetuados, com o ato de inibir a prática do delito que estaria em andamento.

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