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Ministério Público pede confisco R$ 1,7 milhão do PCC para indenização

30/01/2013 20h35 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Ministério Público pede confisco R$ 1,7 milhão do PCC para indenização

A Justiça decretou na noite de terça-feira a prisão preventiva e a remoção para presídios federais de segurança máxima de dez supostos integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) suspeitos de planejar e matar policiais em Araraquara, Ribeirão Preto e São Carlos em setembro de 2012.

O Ministério Público do Estado de São Paulo aponta os vários crimes cometidos pelos envolvidos e também pede que eles paguem indenizações à família da vítima e ao Estado que chegam a R$ 1,7 milhão.

De acordo como delegado da Polícia Civil, Edmundo Ferreira Gomes, que esta a frente dos inquéritos para apurar a morte do soldado Marcos Aurélio de Santi, uma segunda investigação esta em curso com suspeitos já identificados que seriam um executor e um mentor do crime. Os outros dois executores já estão em presidido federal em Avaré, identificados como membros da facção criminosa PCC com inquérito encerrado apontando como autores do crime à Justiça.

“O que falta para pedirmos a prisão e a transferência para um presídio de segurança máxima desses dois outros suspeitos é a vinculação deles com o crime organizado. Que deve acontecer em breve”, relatou o delegado ao afirmar que o processo depende da inteligência da Polícia Civil em tem acesso a escuta telefônica.

Todos foram denunciados por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa do ofendido), formação de quadrilha armada para a prática de crimes hediondos e furto qualificado.

De acordo com a Promotoria, a investigação, que aconteceu entre setembro do ano passado e este mês, foi feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime) de Ribeirão Preto e pela Promotoria do Júri de Araraquara, com apoio das Polícias Civil e Militar.

INDENIZAÇÃO –Na denúncia, a Promotoria pede fixação de indenização civil no valor de R$ 589 mil por danos materiais à viúva e às filhas do policial morto, 200 salários mínimos (cerca de R$ 135 mil) por danos morais, pelo abalo causado à família, além de R$ 1,3 mil ao Estado de São Paulo por dano material pelo furto da arma utilizada pelo PM, carregador e munição, e R$ 1 milhão a título de dano moral à coletividade, abalada pelos atentados da facção e seus integrantes denunciados. O pagamento seria feito a partir dos bens dos suspeitos que seriam bloqueados judicialmente.

De acordo com o Ministério Público, conversas telefônicas identificaram alguns dos suspeitos, que possuem mais de um apelido. A Promotoria informou que quatro deles são de Ribeirão Preto e seis, de Araraquara, e que o suposto comandante do grupo morreu ao trocar tiros com a polícia, que cumpria um mandado de busca e apreensão.

Outros oito , sendo dois de São Carlos, já estão presos e um está foragido. Eles vão responder por homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha.

 

Relembre as mortes dos militares

O sargento Adriano Simões da Silva de Araraquara tinha 36 anos e foi morto em 15 de setembro, por volta das 23h. Ele estava de folga e fazia segurança particular em um mercado no Parque São Paulo, quando foi executado com 17 tiros. Ele foi baleado nas costas por dois homens e morreu no local.

Segundo a PM, testemunhas disseram que dois homens armados apareceram no local em que ele trabalhava e efetuaram os disparos no policial, que estava saindo para pegar sua moto.

Um dia antes, o policial militar Marcos Aurélio de Santi, de 43 anos, foi morto com seis tiros no Jardim Jacobucci, em São Carlos, quando fazia segurança particular de uma empresa. De acordo com a PM, o policial foi surpreendido por dois homens que efetuaram os disparos quando ele estava em seu carro.

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