Polícia Civil apresenta central de monitoramento do Carnaval 2020
A
Polícia Civil apresentou, na última
sexta-feira (21), a Central de Monitoramento e Reconhecimento Facial
que será utilizada pela estrutura de segurança pública no Carnaval
2020, em São Paulo. O serviço é resultado de uma parceria
estabelecida entre o Governo do Estado e a Prefeitura da
Capital.
Nessa ação integrada, a administração municipal
fornece o sistema de reconhecimento móvel e as câmeras para
captação das imagens. Serão utilizados equipamentos do projeto
City Câmeras e drones.
“Nosso trabalho é ser captador
dessas imagens, lembrando que há o lado criminal, mas também o
social”, destacou o coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira,
secretário municipal de Segurança Urbana, se referindo à
possibilidade de encontro de desaparecidos.
A Polícia Civil
fica responsável pelo banco de dados, análise das informações e
todo o processo de confirmação de possíveis identificados. O
sistema será abastecido com uma lista de 30 mil pessoas com mandados
de prisão expedidos pela Justiça e 10 mil com registros de
desaparecimento.
De acordo com o diretor do Departamento de
Inteligência da Polícia Civil (Dipol), Caetano Paulo Filho, o
sistema fará recortes dos rostos em tempo real, nos locais onde há
câmeras. Essas pessoas serão identificadas por números e serão
classificados por pontuações de probabilidade, com toda a
privacidade garantida. Quando a ferramenta verificar os rostos mais
prováveis de serem aqueles já contidos no banco de dados emitirá
um alerta.
“Vamos trabalhar em conjunto com todos os
agentes. Estaremos fazendo a confrontação com a base [de dados] e
os policiais que estiverem nos locais das câmeras vão abordar as
pessoas suspeitas”, explicou o diretor, que também ressaltou a
contribuição da ferramenta para o trabalho investigativo, já que
pode identificar possíveis autores de crimes.
Outra
funcionalidade da tecnologia de reconhecimento facial móvel será,
por exemplo, a busca por crianças que se perderem dos pais ou
responsáveis durante as festividades. Nesse caso, os responsáveis
devem procurar uma autoridade policial e fornecer uma foto do menor.
Essa imagem será inserida no banco de dados e a busca passará a ser
feita pelos equipamentos disponíveis (câmeras e drones).
“Esse
sistema é para toda a nossa vida. A Polícia Civil está fazendo um
investimento em tecnologia e essa ferramenta será usada em outros
eventos e situações com aglomerados de pessoas”, afirmou o
chefe do Dipol.
O sistema de reconhecimento facial dinâmico é
algo novo no Estado de São Paulo, contudo seu uso a partir de
imagens estáticas é realizado desde janeiro de 2020. Ambas as
ferramentas estarão em funcionamento durante todo o período de
Carnaval.
“A expectativa é que os resultados sejam
positivos e que tragam um carnaval seguro e tranquilo. Vai ser o
maior carnaval do Brasil e a polícia está preparada, presente para
fazer seu papel com excelência”, finalizou o diretor.