Airton é questionado sobre quantos acordos iguais aos do abacate foram pagos
Em pedido de informação, protocolado na tarde de ontem (30), na Prefeitura Municipal de São Carlos, o engenheiro Victor Oliveira e o advogado Luis Luppi questionam o prefeito Airton Garcia a respeito de ressarcimentos pagos pela administração municipal, sem a necessidade de judicialização nos últimos dez anos.
Tal pedido vem de encontro com a fala do prefeito na edição de segunda-feira (28) do programa “Fala São Carlos”. Na ocasião, ao falar sobre o caso do abacate, envolvendo o pagamento de mil reais para o filho de José Renato Andrade, cargo de confiança na Fundação Pró-Memória, Garcia disse ter feito um “bom negócio para o município”.
No processo administrativo 104/2017, consta que a Prefeitura realizou o ressarcimento a José Renato Andrade Júnior por entender que houve “omissão do poder público” no caso, que acabou resultando na queda do abacate no veículo do cargo de confiança.
Desta forma, Oliveira e Luppi querem que o prefeito responda em quantos processos semelhantes, a administração teve a mesma rapidez e agilidade para costurar efetuar os ressarcimentos sem a intervenção da Justiça. “Queremos observar se o cidadão que teve prejuízos com o carro caindo em buracos ou que perdeu mercadorias nas enchentes também teve o mesmo tratamento”, diz Oliveira.
Segundo Luppi, o prazo de 10 anos é importante, pois vai abranger três administrações municipais: Oswaldo Barba (PT), Paulo Altomani (PSDB) e Airton Garcia (PSB). “Deste modo, o prefeito não poderá dizer que o estamos perseguindo”.