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Altomani pretende trocar gestão do Hospital Escola

12/06/2013 00h11 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Altomani pretende trocar gestão do Hospital Escola

O procurador geral do município, Waldomiro Bueno de Oliveira, afirmou que o prefeito Paulo Altomani (PSDB) não abre mão de instalar o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) no primeiro módulo do Hospital Escola (HE). A intenção do prefeito, segundo Waldomiro, é mudar a gestão do HE. “Nas primeiras reuniões entre os representantes da Sahudes e da Prefeitura, a entidade manifestou intenção de deixar a gestão do hospital. O prefeito Paulo Altomani estava em contato com outras entidades interessadas em administrar a unidade, mas o Sahudes desistiu da ideia”, explica Waldomiro.

Por sua vez, o presidente da Organização Social (OS) Sahudes, Sebastião Cury, confirmou que a entidade pretende continuar na gestão do HE. A unidade de atendimento alega sérios problemas financeiros por conta da falta de repasse de R$ 1,6 milhão desde janeiro desse ano. O contrato da organização vai até outubro de 2015.

“O contrato estabelece que qualquer uma das partes [Prefeitura e Sahudes] pode romper o acordo. Nós não defendemos o rompimento”, explica Cury.

 

EXAMES – Desde terá-feira, 11, o Hospital Escola deixou de atender os exames de raio-X e ultrassom que eram encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS). A unidade hospitalar atende aproximadamente 100 exames diários, segundo levantamento da Sahudes. “Estamos cortando custos para não comprometer o atendimento à população. Por enquanto não vamos efetuar mudanças no atendimento e a demanda de exames de pacientes do hospital será atendida normalmente”.

Cury afirma que o hospital estuda readequações no plantão 24 horas para não comprometer o atendimento aos pacientes. “O salário dos funcionários desse mês está atrasado e nos preocupamos em quitar dívidas com fornecedores e de impostos. Enquanto não se chega a um acordo sobre o repasse de verbas municipais, tentamos administrar o hospital com a verba do Ministério da Saúde”, disse Cury.

 

Contrato entre Sahudes e Prefeitura é alvo de auditoria

O procurador geral do município, Waldomiro Bueno de Oliveira, argumenta que a Prefeitura faz uma auditoria do contrato da Sahudes com a Prefeitura, pois o município sustenta que há uma supervalorização de repasses. “Para 200 leitos da Santa Casa, o custo de manutenção é de R$ 2 milhões. O Hospital Escola tem apenas 14 leitos e apresenta um valor muito elevado”.

Segundo Sebastião Cury, da Sahudes, a leitura do procurador jurídico é equivocada. “Não podemos fazer a comparação de leitos do Hospital Escola com os da Santa Casa. Nos custos de manutenção do Hospital Escola estão os exames e o atendimento de pacientes que não são internados. Nesse módulo do hospital, o propósito é que, em caso de internação, esse procedimento não passe de dois dias”, comenta Cury.

Waldomiro levanta suspeitas sobre a alteração nos valores de contrato entre Sahudes e Prefeitura. Segundo ele, em dois de outubro do ano passado, dois dias antes das eleições municipais, os repasses são ampliados de R$ 700 mil para R$ 1,2 milhão e a administração passada deixou de efetuar a destinação de recursos ao HE nos meses de novembro e dezembro.

Sobre os supostos atrasos no repasse de recursos, o ex-secretário de Saúde, Marcus Vinícius Bizzarro contestou a informação. Segundo ele, antes do novo contrato, a Sahudes recebia R$ 840 mil. Desses, R$ 140 mil eram destinados pelo município e o restante pelo Ministério da Saúde.

A partir da renovação do contrato, em setembro, o HE passou a receber R$ 1,1 milhão. Do valor, a Prefeitura passou a destinar R$ 400 mil ao hospital. O que ficou atrasado, segundo Bizzarro, foi o prêmio de R$ 100 mil que o hospital recebia por cumprir regras de atendimento. “Essa avaliação era feita de três em três meses. Como houve a renovação do contrato em outubro, o prêmio era para ser pago em janeiro, o que não ocorreu”, esclarece.

 

De acordo com Bizzarro, a renovação do contrato foi aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde, o que para ele assegura lisura ao processo. Ainda de acordo com Waldomiro, há 15 dias, uma inspeção da Vigilância Sanitária no HE encontrou remédios vencidos. Sobre essa informação, Cury disse que os medicamentos estavam guardados em uma sala destinada a essa finalidade de armazenamento, conforme prevê as normas sanitárias.

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beto
beto
10 anos atrás

Certo Altomani tem que tirar tudo que é dirigente de administração passada ,os cumpanheiros se instalaram em todo brasil

JOSÉ
JOSÉ
10 anos atrás

PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE NA ÉPOCA SEU BIZZZZZARRRRO!!!!!!! MP JÁ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

mario
mario
10 anos atrás

O morador tá certo,o povo tem muito saco de aguentar os desmandos desses politicos, na hora que eles se conscientizarem dos seus direitos e cobra-los a força como está ocorrendo em s.paulo, ai eu quero ver como essas AUTORIDADES vão segurar o rojão.

Rildo
Rildo
10 anos atrás

acho que nem o Manoel carvalho em jau recebe tanto dinheiro assim

MORADOR
MORADOR
10 anos atrás

ATÉ QUANDO A POPULAÇÃO QUE MORRE NA FILA DOS HOSPITAIS E PRONTO SOCORROS VÃO AGUENTAR UMA SITUAÇÃO DESSA ? UMA HORA O POVO EXPLODE E AI EU QUERO VER, VEJAM O QUE ESTÁ ACONTECENDO EM SÃO PAULO.

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