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Azuaite propõe Frente Democrática para enfrentar Bolsonaro

Vereador assinala que possibilidade de impeachment perturba presidente

06/04/2021 06h19 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
Azuaite propõe Frente Democrática para enfrentar Bolsonaro Foto: Divulgação / Câmara Municipal de São Carlos (SP)

O vereador Azuaite Martins de França (Cidadania) defendeu a criação de “uma frente democrática ampla, constituída de partidos que deixem de lado divergências miúdas em nome do fortalecimento das políticas públicas de saúde, educação e da retomada do desenvolvimento sustentável com geração de emprego e renda no país”.

“Tomo como tarefa cívica a construção dessa frente na cidade e na região, da mesma forma como no passado fizemos nas campanhas das diretas-já, Tancredo Neves, anistia e constituinte”, afirmou o vereador em pronunciamento na última sessão da Câmara.  “Assim sendo, conclamo os democratas da cidade a discutir e me coloco à disposição para a construção de uma frente democrática em São Carlos”.

O aceno foi a propósito da observação de que as expectativas em relação às eleições de 2022 “regem a agenda do presidente da República, quando a pandemia que deveria ser a principal preocupação é simplesmente mero detalhe; como se mais de 300 mil mortos e 13 milhões de infectados no país nada significassem, como se não se tratasse de gente, não se tratasse de brasileiros”.

“Para vencer em 2022, Bolsonaro precisa, antes de mais nada, chegar a 2022. Para tanto, constitui obstáculo às suas intenções as regras da convivência democrática e os limites da Constituição da qual ele foge qual o diabo foge da cruz porque a Constituição nos oferece o pleno funcionamento das instituições, da imprensa e outros”, analisou Azuaite.

“A cada vez que algo lhe desagrada, Bolsonaro, como criança mimada, reage com ameaças, entendendo-se rei que usurpa tudo o que pertence à sociedade e coloca a seus pés e de sua família, subservientes, aqueles que a isto se prestam”, acrescentou. “Luís XV disse ‘o Estado sou eu’, a síntese do totalitarismo que se busca aqui: enfeixar numa única pessoa todo o estado que passa a ser a prática do estado”.

Azuaite assinalou que a possibilidade do impeachment, a seu ver, perturba o presidente. “O impeachment é um instrumento institucional que se aplica àqueles que desrespeitam a Constituição. Temeroso, Bolsonaro troca apoios por emenda, ameaça com autogolpe, aciona redes sociais do chamado gabinete do ódio, desrespeita a imprensa e vocifera ameaça”.

Outro temor do presidente da República, na ótica do parlamentar, são os resultados adversos nas pesquisas de preferência do eleitorado nas próximas eleições presidenciais. “Aí, repete o mesmo trajeto percorrido por Donald Trump, seu grotesco guru, que chegou ao absurdo de instar fanáticos a invadir armados a sede do Congresso norte-americano”.

Azuaite observou que a entrada de Lula no cenário eleitoral de 2022 “desestabilizou totalmente Bolsonaro, ainda que Lula não seja a única possibilidade de enfrentamento eleitoral”. Apontou outros possíveis candidatos – como “Ciro Gomes e Luciano Huck, meu candidato” – e declarou defender que num eventual segundo turno “haja um entendimento em torno daquele que vai enfrentar Bolsonaro, se é que Bolsonaro passa para o segundo turno”.

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