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Briga marca sessão da Câmara Municipal

21/09/2011 11h22 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Briga marca sessão da Câmara Municipal

Equimarcílias Freire (à esquerda) e Robertinho Mori brigaram na sessão de ontem, por conta da discussão acerca da realização da Tusca e do Corso. Foto Daniel MonteiroComo não poderia deixar de ser, a Tusca (Taça Universitária de São Carlos) foi o principal assunto da sessão da Câmara de ontem, quando a maioria dos vereadores utilizou o expediente falado para debater a proibição do Corso no próximo evento, assim como o possível cancelamento da festa em 2012.
O assunto foi tão debatido que motivou uma discussão ríspida entre Equimarcílias Freire (PMDB) e Robertinho Mori (PV). Freire, ferrenho opositor às festas da Tusca e do Corso, havia feito apartes nos discursos de Laíde das Graças Simões (PMDB) e de Normando Lima (PSDB), que abordaram o tema, para defender o fim da realização do evento como é feito hoje, regulamentando apenas a competição esportiva e proibindo qualquer outra manifestação, como tendas, festas e shows.

“Eu acho que a medida do prefeito foi excelente, mas resolve a metade do problema, apenas a metade. Porque as festas, ‘raves’ da Tusca vão continuar existindo. E aquela senhora que, infelizmente, perdeu sua vida, foi morta por um jovem que vinha da festa da Tusca, não era do Corso. Vou registrar aqui que o objetivo da Tusca perdeu o sentido”, ressaltou o vereador.
Em seu discurso, Robertinho Mori também falou acerca da Tusca e lembrou que havia protocolado, em 2007, uma moção de repúdio à postura dos participantes do evento e que apoiava o cancelamento do Corso.
Tal afirmação motivou Freire a pedir um aparte no discurso de Robertinho e a criticá-lo, enfatizando que a postura adotada pelo vereador era inconstante e variava de acordo com interesses próprios, no caso, um movimento para o fim da realização da Tusca encabeçado pela igreja frequentada por Robertinho. Freire reclamou, ainda, que quando começou a lutar contra a Tusca, em 2009, não recebeu nenhum apoio dos outros eleitos à vereança.
“Até me surpreende que o senhor tenha feito uma moção em 2007. O senhor teve a oportunidade de me ajudar nessa luta, que travo há três anos. Infelizmente, nessa oportunidade que a igreja lhe oferece, o senhor embarcou nessa. Eu acho que o senhor precisa ter postura, vereador. É brincadeira, vereador, é brincadeira”, criticou.
Robertinho, irritado, rebateu as críticas afirmando que Freire deveria prestar mais atenção aos assuntos da Casa, uma vez que a moção encontrava-se nos arquivos da Câmara, além de polemizar quanto à atuação do peemedebista.
“Acho que quem não tem postura é o senhor, que não tem a palavra hoje e está atrapalhando a minha. Não é brincadeira Está aqui registrado na casa, desde 2007. O senhor não é tão vereador, por isso o senhor não sabe”, retrucou.
A discussão prosseguiu, e mesmo após o término do discurso de Robertinho, que já havia deixado a bancada, Freire continuou a criticá-lo, motivando uma troca de acusações entre ambos, que paralisou por alguns momentos a sessão.
A situação só foi normalizada após o presidente da Câmara, Édson Fermiano (PR), chamar a atenção dos dois vereadores quanto as suas posturas e conceder espaço para Ronaldo Lopes (PT) discursar.

REPERCUSSÃO – A proibição do Corso, na Tusca de 2012, foi elogiada pela maioria dos vereadores, que apoiaram a decisão do prefeito Oswaldo Barba (PT) em impedir que a micareta percorresse a cidade. A maioria também apoiou a realização da taça, por tratar-se de um evento importante para o município.
Os únicos a destoarem do discurso foram Freire e Lineu Navarro (PT). O primeiro, por pregar o fim de todas as festas relacionadas ao evento. O segundo, por defender a realização tanto da Tusca, quanto do Corso. O petista, inclusive, afirmou que a luta não era contra a taça, ou contra festas e eventos, mas sim contra a cultura de abuso de álcool e drogas. “O problema está no uso do álcool e das drogas e não na Tusca”, finalizou Lineu. (DANIEL MONTEIRO){jcomments on}

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