19 de Abril de 2024

Dólar

Euro

Política

Jornal Primeira Página > Notícias > Política > Cientista político analisa impacto do horário eleitoral

Cientista político analisa impacto do horário eleitoral

25/08/2012 14h32 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Cientista político analisa impacto do horário eleitoral

A convite do jornal Primeira Página, o professor de Ciências Políticas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Pedro Floriano, analisou o impacto que o horário eleitoral na tevê e rádio traz na intenção de voto do eleitorado.

 

Segundo ele, os programas têm sua relevância no processo político. “O Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral vem desempenhando um papel importante nas campanhas eleitorais brasileiras desde a redemocratização”.

Ele ressalta que, por um lado, o horário eleitoral em rádio e TV é o principal instrumento de campanha eleitoral, possibilitando a todos os candidatos atingirem o conjunto do eleitorado; por outro, é um instrumento de prestação de contas dos atuais representantes (vereadores e prefeito) junto à população, que pode recompensá-los ou puni-los nas urnas.

“O que as pesquisas na área demonstram, no entanto, é que somente o tempo de tevê e rádio não é suficiente para eleger alguém: existem diversas condições prévias que influenciam o comportamento do eleitor, como a satisfação com a gestão e o governante atuais, a atuação passada dos candidatos, o grau de conhecimento e o nível de rejeição de cada candidato junto ao eleitorado, a identificação do eleitorado em relação aos partidos, a força organizativa de cada partido na cidade etc”, ressalta o professor.

 Nesse sentido, de acordo com Floriano, o horário gratuito eleitoral é capaz de reforçar atributos positivos, e atenuar os negativos (como a rejeição), mas não pode fazer milagres. “Os candidatos menos conhecidos pelo eleitor, assim como as forças de oposição, tendem a depender mais do horário eleitoral, já que necessitam se apresentar à cidade, contestar as forças de situação”.

Por isso, destaca o especialista, a oposição recorre bastante à propaganda negativa no rádio e na TV, com um detalhe: “Não tanto no bloco de propaganda, mas principalmente nas pequenas inserções (spots), usadas para atacar os rivais sem mostrar com clareza a origem dos ataques. Em virtude de todos os fatores listados acima, o eleitor não pode ser tratado como um alienado, que irá comprar qualquer produto apresentado – seja candidato a vereador ou a prefeito: ele faz sua escolha levando em conta diversos outros fatores”, conclui ele. 

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x